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Notícias / ONU

Na ONU, entidades acusam Brasil de não fiscalizar trabalho escravo

Nesta quinta-feira, 28, entidades enfatizaram na ONU o que descreveram como 'o grave contexto da escravidão moderna no Brasil'

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 28/03/2024, às 09h36

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Imagem de plantação de cana - Imagem de João Lima por Pixabay
Imagem de plantação de cana - Imagem de João Lima por Pixabay

As entidades Conectas e Adere chamaram a atenção da comunidade internacional durante a sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, cobrando do Brasil o restabelecimento da fiscalização contra o trabalho escravo. No discurso proferido nesta quinta-feira, 28, enfatizaram o que descreveram como "o grave contexto da escravidão moderna no Brasil".

Ao longo dos últimos 21 anos, afirmaram, o Brasil testemunhou mais de 62 mil vítimas de escravidão, com a grande maioria sendo trabalhadores agrícolas. Somente em 2023, mais de 3.000 pessoas foram resgatadas.

Falsa abolição

Conforme informou o Jamil Chade, colunista do UOL, as entidades destacaram ainda que mais de oitenta por cento dos resgatados do trabalho escravo no país são negros, historicamente marginalizados e vítimas da falsa abolição da escravatura. Contudo, o tom do discurso foi de crítica contundente ao governo.

"Apesar de seus esforços, o Estado brasileiro continua ineficaz nessa luta. Atualmente, as fiscalizações para combater o trabalho escravo estão suspensas", denunciam. "Esse fato nos preocupa", alertaram, apontando que as safras do café e da cana são ambas "conhecidas por seus altos índices de crimes de trabalho escravo".