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Notícias / Papa Francisco

Papa afirma: 'Falar dos pobres não significa ser automaticamente comunista'

Em nova autobiografia, o papa Francisco menciona críticas da extrema-direita e destaca que falar dos pobres é cristianismo 'em estado puro'

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 14/03/2024, às 07h43

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O papa Francisco - Getty Images
O papa Francisco - Getty Images

Na sua autobiografia, a ser lançada em 19 de março em inglês e italiano, o papa Francisco reforça que seu compromisso com o combate à pobreza e a atenção aos marginalizados não o categorizam como marxista ou comunista. Trechos de seu livro "Life: My Story Through History" foram divulgados pelo jornal italiano Corriere della Sera nesta quinta-feira.

Francisco foi eleito para liderar a Igreja Católica após a renúncia de Bento 16, que foi o primeiro pontífice a abdicar em 600 anos, alegando motivos de saúde. Bento 16, no entanto, permaneceu como papa emérito por mais dez anos.

Enfrentando críticas da extrema-direita e das alas mais conservadoras do catolicismo, Francisco fez questão de destacar o combate à pobreza como uma de suas prioridades.

Mudanças e críticas

Como destacou o portal UOL, desde sua posse, ele implementou mudanças nos comportamentos dos bispos e padres que atuam no Vaticano, defendeu a acolhida de refugiados em todas as igrejas e criticou, em diversas ocasiões, o papel do dinheiro, do sistema financeiro e dos lucros na sociedade.

"Falar dos pobres não significa ser automaticamente comunista", apontou o pontífice, que destacou que uma de suas primeiras professoras, Ester, era uma comunista e entregava a ele material do Partido Comunista. Jorge Bergoglio conta que ela acabaria sendo torturada e morta pela ditadura argentina. "Foi um genocídio geracional", lamentou.

"Os pobres são a bandeira do evangelho e estão no coração de Jesus", afirmou o religioso. "Isso não é comunismo. Isso é cristianismo em estado puro", insistiu.