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Matérias / Personagem

Monstro esquecido? Os crimes de guerra cometidos pelo imperador japonês Hiroíto

Diante os horrores, diversos funcionários do governo foram julgados e condenados, mas nada ocorreu ao governante supremo

Nicoli Raveli Publicado em 19/03/2020, às 17h00 - Atualizado às 19h00

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Imperador japonês Hirohito - Getty Images
Imperador japonês Hirohito - Getty Images

O imperador Michinomiya Hirohíto era neto do grande imperador Meiji, que o criou de maneira educada. O garoto foi o primeiro filho do príncipe Yoshihito, o futuro imperador Taisho, e da princesa Sadako, futura imperatriz Teimei.

Com o passar dos anos, o menino aprendeu sobre o estoicismo e sobre o isolamento real durante uma turnê pela Europa. O jovem, que nasceu em 1901, ascendeu ao poder em 1921 em um mundo caótico, quando seu pai apresentou uma doença mental. Cinco anos depois, Hirohíto tornou-se imperador.

Ele foi o 124° governante do Japão, e o que ficou no poder por mais tempo. Michinomiya conduziu o país a Segunda Guerra Mundial, fazendo com que o país passasse por diversas transformações, deixando a economia agrária para tornar-se uma nação industrializada.

Em 1926, foi nomeado Showa, que significa uma paz ilustrada. O começo de seu reinado foi o ápice do poder militar sobre o governo, quando os militares tinham o controle da política japonesa.

As invasões à China

Por mais que o imperador demonstra-se ser uma pessoa reservada e contida, diferente de todos os outros generais, sua verdadeira identidade veio à tona com os diversos documentos que foram liberados. Neles, Hiroíto é acusado de ter utilizado armas químicas contra a China.

A invasão do país ocorreu em 1937, quando a autoridade acreditava que o país espalhava uma educação anti-japonesa. Mais tarde, o governante afirmou que declararia guerra contra os Países Baixos, Reino Unido e Estados Unidos, caso suas exigências sobre o livre trânsito entre a China e a Indochina não fossem consentidas.

Segunda Guerra Mundial

Ele também é apontado como o responsável pelo ingresso do Japão na Segunda Guerra Mundial. Mesmo após receber recomendações do primeiro ministro japonês, o imperador decidiu declarar guerra contra os Estados Unidos e os países da Commonwealth. Após sete dias, ele conduziu um ataque ao sudeste asiático e também ao Pearl Harbor, que introduziu o Japão na maior guerra do mundo.

Ataque de Pearl Harbor colorizado / Crédito: Getty Images

Durante as batalhas, os pilotos kamikazes ficaram muito conhecidos. Eles cometiam suicídio ao atingir suas aeronaves contra as de seus inimigos. O imperador também incentivou que, para que os soldados não fossem capturados pelos americanos, deveriam se suicidar.

A fim de criar um patamar de respeito, Hiroíto dizia a seu exército que os cidadãos que cometessem tal ato, seriam lembrados assim como os soldados mortos em batalha e estariam no mesmo plano espiritual.

O imperador desejava uma vitória final, mas sua hesitação tornou-se letal. Com esperança de que a próxima batalha fizesse com que o Japão se destacasse, ele foi responsável por milhares de mortes. Em 1945, o país atraiu a atenção da URSS, que declarou guerra. No mesmo ano, foram lançadas as bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, e o Japão não teve outra opção a não ser se render.

Com o fim da guerra, diversos ministros e funcionários do governo foram julgados e até mesmo condenados, mas nada ocorreu ao governante. Ele recebeu imunidade e era visto como uma força unificadora para os japoneses. Pouco tempo depois, o exército do país foi dissolvido e o imperador mostrou repúdio a ideias que ele mesmo cultivava antes da guerra, como a superioridade racial.

Hiroítodo, imperador do Japão / Crédito: Getty Images

No dia 15 de agosto de 1945, o discurso de rendição foi oficialmente transmitido pela rádio japonesa. O Japão ficou ocupado por tropas americanas até 1952 e, durante esse período, a autoridade aproximou o regime monárquico do estilo europeu.

O governante continuou no poder até 1989, quando faleceu devido a complicações causadas por um câncer. Mesmo com os horrores causados pelo imperador, ele ainda é lembrado por parte da população como um herói honrado. Seu nome póstumo foi tido como Showa, que significa uma harmonia iluminada ou período de paz, o que pode ser interpretado como uma ironia, devido aos acontecimentos em seu governo.


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