Com a saúde das pessoas e os bons consumes em mente, médicos e especialistas da época acreditavam em teorias insanas sobre o mundo do erotismo
Pamela Malva Publicado em 01/03/2020, às 13h00 - Atualizado às 18h00
A Era Vitoriana é recheada de costumes e práticas bizarras, que são amplamente questionadas até hoje. Naquela época, as pessoas tinham centenas de regras, desde a forma de viver o luto, até os hábitos de higiene.
As indicações rígidas eram aplicadas até mesmo no sexo. Nesse sentido, livros e manuais foram escritos sobre o assunto. Uma das obras de Edward Pollock Anshutz, praticante da medicina homeopática, é um exemplo disso.
Confira cinco costumes sexuais bizarros, segundo o livro “Doenças e enfermidades sexuais: um manual popular”:
1. Frequência
Publicado em 1896, o livro era categórico em relação à frequência correta para ter relações sexuais. Segundo Edward, o coito “não deve ser satisfeito com frequência superior a uma vez por semana”.
2. Ninfomania
Para médicos e especialistas da Era Vitoriana, a ninfomania nada mais era do que um “impulso insaciável e aparentemente irresistível para a satisfação do desejo sexual”. Além disso, apenas mulheres com um temperamento nervoso e imaginação vívida sofriam da condição.
3. Ejaculação
Segundo Edward, os homens poderiam ficar irritados caso ejaculassem durante o dia. A fraqueza dos órgãos sexuais também era uma consequência. Assim, ejacular era permitido apenas em casos de flerte com uma mulher, em caminhadas a cavalo, evacuando, fazendo xixi, ou “satisfazendo pensamentos lascivos”.
4. Masturbação
De acordo com o autor, a masturbação era considerada como um pecado contra Deus, a raça humana e a própria saúde física. Assim, acreditava-se que ela poderia causar degradação precoce, imbecilidade ou insanidade.
5. Nada de proteção
Se hoje o governo faz campanhas para o uso de camisinha, naquela época, os métodos contraceptivos eram coisa do Diabo. Para as pessoas da época, praticar sexo evitando a gravidez apresentava um risco à saúde do homem e da mulher.
Os efeitos de um coito com proteção poderiam ser até mesmo piores que os da masturbação. Naquela época, portanto, era comum que médicos prescrevessem a concepção de um bebê para curar homens impotentes.
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