Material usado para a construção de 2.900 anos continha vários vestígios de DNA; entenda!
Ingredi Brunato Publicado em 22/08/2023, às 14h56 - Atualizado em 28/08/2023, às 10h15
Um grupo de cientistas publicou no Scientific Reports nesta terça-feira, 22, um estudo detalhando as suas descobertas após realizarem o sequenciamento de DNA descoberto em um tijolo de argila de 2.900 anos.
O material fora utilizado na construção do chamado "palácio do Noroeste", uma construção situada hoje no Iraque que, durante o passado, foi o lar de Ashurnasirpal II, o rei da Assíria.
O sequenciamento genético realizado pelos pesquisadores revelou que haviam, no tijolo, vestígios dos DNAs pertencentes a plantas de 34 grupos taxonômicos diferentes. De acordo com o LiveScience, o objeto do estudo se mostrou, portanto, uma cápsula do tempo acidental, que permitiu descobrir mais sobre a vegetação que existia no reino assírio há quase três mil anos.
Ficamos absolutamente emocionados ao descobrir que o DNA antigo, efetivamente protegido da contaminação dentro de uma massa de argila, podem ser extraídos com sucesso de um tijolo de argila de 2.900 anos", disse Sophie Lund Rasmussen, a autora principal do estudo.
A pesquisa é importante não apenas por revelar a fauna assíria, mas também por mostrar as potencialidades da análise de DNA extraído de dentro de argila, que é um material presente em muitos sítios arqueológicos, abrindo assim as portas para todo um ramo de coleta de informações sobre o passado.
Um detalhe importante que contribuiu para a preservação do material genético dentro do tijolo analisado, aliás, é o fato que ele não foi queimado (que é uma das técnicas usadas para fazer tijolos assim), e sim deixado secar naturalmente ao sol.
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