Bolsonaro postou uma série de tweets ao declarar pesar pela morte de Bento 16
Isabelly de Lima, sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 31/12/2022, às 12h43
O presidente Jair Bolsonaro lamentou a morte do papa emérito Bento XVI em uma série de publicações no Twitter. Ele fez as postagens dos Estados Unidos, onde passa seu último dia de mandato presidencial. Em um dos posts, ele cutucou a corrente católica da teologia da libertação, que é ligada à esquerda na América Latina.
Em defesa da verdade do Evangelho, [Bento 16] criticou sem medo os erros da chamada "teologia da libertação", que pretende confundir o Cristianismo com conceitos equivocados do marxismo”, disse Bolsonaro.
Depois disso, Jair apontou que o papa seguia o ensinamento que o próprio presidente repete desde antes de seu mandato: "Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará". Já o mais novo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que recebeu com tristeza a notícia da morte de Bento XVI.
Surgida na América Latina na década de 1960, a teologia da libertação propõe o engajamento social a partir de leituras da própria Bíblia, como os ensinamentos de Jesus e o episódio do Êxodo. No papado de João Paulo 2º, o Vaticano fez advertências à tal teologia, uma vez que a considerava próxima do marxismo.
Em 1984, segundo o Uol, Bento XVI escreveu o artigo "Algumas observações preliminares sobre a teologia da libertação" quando ainda não era papa e se identificava com seu nome natural, Joseph Ratzinger.
"[A teologia da libertação] propõe-se assim uma interpretação exclusivamente política da morte de Cristo. Nega-se desta maneira seu valor salvífico e toda a economia da redenção (...) Em lugar de ver no Êxodo com São Paulo, uma figura do batismo, se tenderá ao extremo de fazer deste um símbolo da libertação política do povo”.
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