O presidente da Bielorrúsia, Alexander Lukashenko, durante discurso - Wikimedia Commons
Pandemia

Após recomendações absurdas contra quarentena, número de infectados na Bielorrússia cresce

Em um país onde o presidente indica "vodca" e "sauna" contra o coronavírus, parte da população decidiu agir por conta própria e praticar o auto-isolamento

Nicoli Raveli Publicado em 04/05/2020, às 17h26

Bielorrússia, país localizado na Europa, contava com 94 casos confirmados de covid-19 até o fim de março. Diante do cenário considerado "pouco caótico", o ditador Alexander Lukashenko descartou as medidas preventivas contra a disseminação do vírus, como o isolamento social, e afirmou que o melhor modo de combate seria a sauna e a vodca.

Como o presidente não incentivou a quarentena, foi possível observar o enorme crescimento do número de casos no local. Em pouco tempo, 16 mil pessoas foram diagnosticadas com o novo coronavírus, o que resultou em um dos maiores níveis de infecção na Europa Oriental, no qual existe o registro de 800 novos casos diários e 100 óbitos por dia.  

Apesar dos números alarmantes, o presidente se recusa a cumprir as ordens da Organização Mundial da Saúde e desafia os efeitos da pandemia, uma vez que não cancelou um desfile militar que está marcado para o próximo sábado, 9.

“Eu procedi com uma sabedoria simples que nosso povo tem. Quando as coisas estão difíceis, é melhor não mudar nosso modo de vida”, relatou Lukashenko sobre o fato de manter o desfile. Além disso, a autoridade alega que a quarentena não passa de um ato covarde e faz questão de frequentar locais com aglomeração de pessoas, como igrejas. “É melhor morrer em pé do que ajoelhado”, completou.

No país, bares, restaurantes, escolas e campeonatos de futebol foram mantidos. Porém, mesmo com um presidente que nega a facilidade da disseminação do vírus, parte da população passou a agir por conta própria e praticar o auto-isolamento, o que resultou na ausência de torcedores nos jogos do time Dinamo Brest, campeão nacional.

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