Alain Cocq repousado na cama do hospital - Divulgação
França

Após ter live de morte barrada pelo Facebook, francês em estado terminal recebe cuidados paliativos

Sofrendo de uma doença degenerativa, Alain Cocq chegou a fazer greve de fome para acelerar seus últimos momentos

Wallacy Ferrari Publicado em 10/09/2020, às 11h19

Em estado terminal e lutando pelo direito de morrer, o francês Alain Cocq, 57, foi impedido pela moderação do Facebook de transmitir ao vivo os seus momentos finais. Nos últimos dias, o homem recusou os remédios e a rotina de alimentação de maneira que acelerasse a piora em seu metabolismo e, consequentemente, agilizasse o falecimento.

Desde que a melhora de sua doença foi interrompida, há cerca de 30 anos, o homem tem recebido cuidados paliativos, visto que a lei da França não permite a eutanásia. Os médicos não podem induzir o óbito, mas caso o paciente tenha interesse, pode ser sedado profundamente até a morte, como é feito em casos onde o risco é iminente.

Em julho, Alain chegou a escrever uma carta direcionada ao presidente Emmanuel Macron, solicitando que a lei seja mudada e que seu “sofrimento extremamente violento” poderia ser evitado coma permissão, concedida pelo chefe-de-estado, que possibilitaria uma “morte com dignidade”.

Em publicação no último sábado, 5, o rapaz afirmou que estaria fazendo sua última refeição e que não tentaria mais manter a saúde. O post e a live foram derrubados com a seguinte justificativa da rede social: "Embora respeitemos a decisão [de Cocq] de querer chamar a atenção para esta questão complexa, seguindo o conselho de um especialista, tomamos medidas para evitar a transmissão ao vivo por conta de Alain”.

França morte pesquisa suicídio Emmanuel Macron eutanásia

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