Fotografia de baixo de Torre Eiffel, principal ponto turístico de Paris, na França - Foto por Maksim Sokolov pelo Wikimedia Commons
França

Após terrorismo na Rússia, França sobe alerta de ameaça para nível máximo

Após ataque terrorista do Estado Islâmico na Rússia na sexta-feira, 22, França sobe nível de alerta para atentatos ao nível máximo

Éric Moreira Publicado em 25/03/2024, às 10h24

Na última sexta-feira, 22, ocorreu um atentado terrorista na casa de shows Crocus City Hall, nos arredores de Moscou, que seria reivindicado pelo Estado Islâmico. Com uma maior preocupação de ataques do tipo, a França anunciou neste domingo, 24, que subiria seu alerta de segurança para terrorismo ao máximo.

+ O que se sabe sobre o ataque terrorista que matou ao menos 40 na Rússia

O anúncio, informa o UOL, foi feito pelo atual primeiro-ministro da França, Gabriel Attal, depois de uma reunião do Conselho de Defesa presidido pelo presidente Emmanuel Macron. "Diante da reivindicação do atentado pelo grupo Estado Islâmico e das ameaças que pesam sobre o nosso país, decidimos elevar a ameaça para o nível máximo", escreveu ele no X (antigo Twitter).

À la suite de l’attentat de Moscou, un Conseil de Défense et de Sécurité nationale a été réuni ce soir à l’Elysée par le Président de la République.

Compte tenu de la revendication de l’attentat par l’état islamique et des menaces qui pèsent sur notre pays, nous avons décidé de…

— Gabriel Attal (@GabrielAttal) March 24, 2024

Também foi divulgado em comunicado do gabinete do primeiro-ministro: "A reivindicação do atentado em Moscou vem do Estado Islâmico-Khorasan, organização que ameaça a França e participou recentemente de atentados abortados em vários países europeus, entre eles França e Alemanha". Vale lembrar que esse novo estado de alerta se dá a apenas quatro meses do início dos Jogos Olímpicos de Paris.

Vale mencionar que o estado de alerta para terrorismo na França foi reduzido em janeiro, mas agora, em caso de urgência máxima, o governo francês pode até mesmo tomar medidas excepcionais, como fechar estradas, metrô e a proibição de viagens escolares, por exemplo.

Este plano de atentados da França, também conhecido como Vigipirate, foi criado em 1978 e conta com mais de 300 medidas — muitas confidenciais —, que pode ser aplicada em áreas como saúde, cibersegurança e mobilização. Um reforço das medidas foi feito após os atentados de 13 de novembro de 2015, em Paris, que deixaram 236 mortos.

Ataque na Rússia

Até o momento, o que se sabe do ataque realizado em Crocus, perto de Moscou. é que foram registrados 137 mortos e 182 feridos. Com esses números, este é o ataque mais mortal do tipo realizado na Rússia nas últimas duas décadas.

Atualmente, investigadores buscam mais desaparecidos em meio aos escombros do edifício da casa de shows, que foi destruída pelo incêndio iniciado pelos atacantes. Embora o Estado Islâmico tenha reivindicado autoria do ataque, Moscou ainda não o acusou oficialmente.

Apenas um dia após o ataque, Vladimir Putin anunciou que os suspeitos de realizarem o ataque foram detidos "enquanto se dirigiam para a Ucrânia". Já o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou o russo de tentar "transferir a culpa" para os ucranianos, para obter mais razões para prosseguir com sua invasão.

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