Local intocado, provavelmente deixado às pressas, revelou o que se acredita ser uma fuga de invasões temidas na época
Redação Publicado em 28/05/2022, às 08h31 - Atualizado às 10h00
Uma fazenda que provavelmente foi abandonada às pressas há mais de 2.100 anos foi descoberta praticamente intocada por arqueólogos na região a leste do Mar da Galileia, ao norte de Israel.
Segundo os pesquisadores, o local parecia ter sido “congelado no tempo”, com jarros intactos e pesos de tecer teares ainda em uma prateleira, além de ferramentas agrícolas, como picaretas e foices feitas de ferro, e moedas da segunda metade do século 2 a.C.
"Tivemos muita sorte de descobrir uma cápsula do tempo, congelada no tempo, na qual os achados permaneceram onde foram deixados pelos ocupantes do sítio", escreveu em nota o arqueólogo Amani Abu-Hamid, líder da escavação.
Com as evidências, acredita-se que os antigos residentes da região tenham sido súditos do Império Selêucida que fugiram do local às pressas para escapar de uma invasão do exército do Reino Asmoneu, um Estado judaico religioso independente.
"Sabemos das fontes históricas que, nesse período, o reino Asmoneu se expandiu para a Galileia, e é possível que a fazenda tenha sido abandonada após esses eventos", explicou Abu-Hamid.
Segundo a revista Galileu, os especialistas sugerem que os então moradores fossem criadores de ovelhas ou cabras, exercendo a tecelagem. Não foi possível identificar as pessoas que moravam ali, apenas poucas informações sobre seu estilo de vida.
Além da fazenda abandonada às pressas, a escavação realizada no local durante investigações arqueológicas para a construção de um oleoduto na costa do Mediterrâneo revelou vestígios de um assentamento ainda mais antigo.
Foi possível identificar fundações de edifícios e vasos de cerâmica que podem datar dos séculos 9 e 10 a.C., segundo indicaram análises do estilo dos objetos e o método de rastreio por carbono-14.
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