Através de pesquisas foram revelados artefatos do famoso escritor, que esclarecem algumas peculiaridades sobre o bardo
Penélope Coelho Publicado em 24/04/2020, às 11h45
A trajetória de um dos escritores mais conhecidos da história costuma gerar curiosidade em arqueólogos e pesquisadores do mundo todo. O legado que William Shakespeare deixou através de suas obras, é eterno, mas, pouco se sabe sobre como era o homem em sua vida privada.
Recentemente, arqueólogos do Centro de Arqueologia da Universidade de Staffordshire fizeram o uso de tecnologias de ponta, para descobrir evidências sobre Shakespeare. Os pesquisadores foram até a antiga casa do escritor no Reino Unido para uma investigação minuciosa em busca de novas evidências.
Diferentemente dos outros estudos sobre a vida de Shakespeare que foram limitados a documentos e suas obras, os cientistas de Staffordshire analisaram o local onde o escritor viveu.
A casa de Shakespeare
Como consequência, puderam perceber seu grande prestígio local na casa em que vivia: a arquitetura possuía evidências típicas de uma residência de um membro da elite. O homem também se inspirou em teatros clássicos de Londres para a finalização da casa.
Os pesquisadores acreditam, que esse estilo inspirou o autor para escrever seus clássicos, e que possivelmente ele apresentava performances privadas das peças em sua casa. Alguns artefatos da construção local foram coletados e estão sendo reconstituídos em 3D.
Mistérios de sua morte
O local onde William está enterrado também foi alvo dessa pesquisa. Diversas teorias sobre o que aconteceu com o corpo do autor marcaram a história durante anos. Algumas lendas colocavam em dúvida a presença de sua sepultura e dizia que o crânio do homem havia sido retirado, além de citar o roubo de uma das criptas onde membros de sua família foram enterrados.
O novo trabalho confirmou que a sepultura existe, ela é rasa e individual. A surpresa apareceu quando os pesquisadores investigaram o túmulo dos familiares, a análise concluiu que os parentes do autor não foram enterrados em caixões, e sim, em mortalhas.
Para os pesquisadores, o túmulo de Shakespeare foi revirado e mexido ao longo do tempo, confirmando a teoria já registrada anteriormente, de que provavelmente o crânio do autor foi mesmo retirado.
Legado
Todos os artefatos que foram coletados nessa longa jornada serão exibidos em uma exposição on-line através do site oficial da pesquisa, em maio deste ano. No local, foram descobertos bens pessoais do autor, com suas anotações, dietas e práticas de atividades de lazer realizadas por ele e sua família.
Além de entender mais sobre a vida íntima do bardo, o estudo também ajuda na compreensão do povo que viveu ao redor de Shakespeare, em New Place, no Reino Unido.
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