Prato de madeira utilizado para a produção de manteiga - Divulgação/Scottish Crannog Centre
Arqueologia

Arqueólogos desvendam mistério de curiosa peça da Idade do Ferro

Encontrada em um lago na Escócia, os pesquisadores descobriram a finalidade do objeto de 2,5 mil anos

Pamela Malva Publicado em 22/07/2020, às 13h07

Durante explorações em Loch Tay, um lago na Escócia, arqueólogos encontraram o que parecia ser uma travessa de madeira da Idade do Ferro. Agora, após diversos estudos, ficou clara origem do artefato.

Inicialmente encontrada no fundo do lago escocês, a peça ainda carrega vestígios de um laticínio que, durante os estudos, foi classificado como sendo de origem bovina. Restava descobrir qual era o produto guardado no pote.

Segundo Rich Hiden, arqueólogo do Scottish Crannog Centre, o mistério foi solucionado através do padrão de furos no fundo do prato. Nesse sentido, eles sugerem que a peça foi usada durante o processo de produção de manteiga.

Restos de manteiga encontrados no prato / Crédito: Divulgação/Scottish Crannog Centre

 

“Este prato é valioso de várias maneiras”, afirma Rich. “[A peça] nos ajuda a identificar como era a vida nas crannogs”, explica, citando as pequenas casas elevadas nas quais os antigos habitantes de Loch Tay moravam há 2,5 mil anos.

Ainda de acordo com o especialista, a preservação do artefato só foi possível “devido às fantásticas condições anaeróbicas” encontradas no fundo do lago. Ele conta que, com “muita luz, oxigênio ou bactérias para decompor qualquer coisa orgânica, você obtém esse tipo de ambiente selado” no qual a peça foi mantida por décadas.

Civilização arqueologia Escócia alimentação notícia arqueólogos

Leia também

Senado analisa projeto de lei que criminaliza apologia à tortura e à ditadura


Mulher que vive em McDonald's no Leblon lança campanha de arrecadação online


Após 115 anos, navio que desapareceu com 14 tripulantes é identificado nos EUA


Meghan e Harry comemoram aniversário de príncipe Archie com festa íntima


Cresce a cada ano a "porta de entrada para o submundo" na Sibéria


Após 2.300 anos, banheiro de Alexandre, o Grande, é descoberto na Grécia