A ativista mexicana Luz Raquel Padilla e as ameaças recebidas por ela - Divulgação/Twitter/@GutirrezPadilla
Ativista mexicana

Ativista mexicana é queimada viva após ameaças: 'Até quando vou ter que viver com medo'

Luz Raquel Padilla defendia os direitos das pessoas com deficiência e já havia falado sobre as ameaças recebidas

Redação Publicado em 21/07/2022, às 11h31

Uma ativista defensora dos direitos das pessoas com deficiência foi queimada viva por um grupo de três homens e uma mulher no estado de Jalisco, no oeste do México, após receber constantes ameaças.

Luz Raquel Padilla, de 35 anos, morreu na terça-feira, 19, depois de ter fogo ateado em seu corpo três dias antes, não resistindo devido à “gravidade dos ferimentos”, tendo 90% do corpo queimado, segundo a promotoria regional.

O promotor de Jalisco, Luis Joaquín Méndez, explicou que o crime aconteceu em um jardim público da cidade de Zapopan, onde o grupo jogou álcool em Padilla e a incendiou no último sábado, 16.

De acordo com o jornal O Globo, o caso pode ser investigado como feminicídio, conforme apontado pela entidade jurídica ONU Mulheres México, que condenou pelo Twitter o “assassinato da ativista”.

Ameaças anteriores

A ativista já havia denunciado ameaças e denunciado comportamentos do vizinho, identificado como Sergio "N", que foi chamado para depor no caso. Ele foi denunciado por ameaças, crimes contra a dignidade e injúrias.

Hasta cuando voy a tener que vivir con miedo 😨 de que me pueda pasar algo y a mi familia y mi agresor sigue campante por la ciudad con el peligro de seguir haciendo daño #justicia #nomasviolencia #noquieromorir #auxilio @AlertaGDL @FiscaliaJal @GobiernoJalisco @CJMJalisco pic.twitter.com/ZwBm1oAEOB

— Luz Raquel Padilla Gutirrez (@GutirrezPadilla) May 17, 2022

Em seu perfil no Twitter, Luz postou fotos de pichações ameaçadoras nas paredes de sua casa que diziam: "Você vai morrer Lus (sic)" e "Eu vou te queimar viva".

"Por quanto tempo vou ter que viver com medo de que algo possa acontecer comigo e minha família, e meu agressor ainda está vagando pela cidade com o perigo de continuar prejudicando!", escreveu em 17 de maio.

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México História notícia ativista Pessoas com deficiência queimada viva

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