O 'AltumAge' impressiona a comunidade científica
Alan de Oliveira | @baco.deoli Publicado em 10/05/2022, às 12h17 - Atualizado às 12h18
Lucas Paulo de Lima Camillo formou-se em bioquímica pela prestigiosa "Brown University" e atualmente estuda medicina em "Cambridge," Reino Unido. No dia 19 de abril, foi publicado um artigo na "npj Aging", revista científica especializada na área do envelhecimento, em que foi o primeiro autor, principal colaborador.
Este trabalho trata de um biomarcador chamado AltumAge, criado por Camillo, para medir a idade biológica em humanos a partir de qualquer tipo de substância em um organismo (sangue, saliva ou amostras de tecido).
Enquanto temos uma idade cronológica, a data de nascimento, também temos uma idade biológica, que reflete o envelhecimento do corpo e de seus órgãos vitais. Portanto, uma pessoa de 60 anos pode estar em boa saúde com uma idade biológica mais baixa. Na comunidade científica, uma corrida para parar ou mesmo reverter o processo de envelhecimento, está mobilizando bilhões de dólares.
Assim como fazemos investimentos em prolongar a expectativa de vida das pessoas, essas novas pesquisas no campo de idade biológica, visam um novo espectro de visão de como podemos melhorar a qualidade de vida com o envelhecimento de um ser humano, conforme apurado por especialistas do portal G1.
“O próximo passo da ciência é desenvolver tratamentos que intervenham na biologia do envelhecimento, em nível celular, porque sabemos que o risco de doenças como câncer, diabetes, demência e problemas cardiovasculares está associado à idade. A criação de biomarcadores, que chamamos de relógios epigenéticos, é um avanço neste sentido, porque não precisamos acompanhar indivíduos da juventude à velhice para avaliar como o organismo vai se deteriorando”, detalha o inventor do relógio.
No ano de 2013, o cientista chamado Steve Horvath, criou um modelo matemático que possibilitava a medição da idade biológica com margem de erro de 3 anos e meio, com vários testes feitos em empresas de medidores de relógio biológico.
O feito de Lucas é ainda mais impressionante por ele conseguir ultrapassar essa margem de erro sem o auxílio de empresas da área para menos de 2 anos e 2 meses.
Isso comprova a teoria de que se o material utilizado na formação dos relógios diferir, podemos acelerar a precisão da idade biológica, cortando a margem de erro até ter uma precisão tão sonhada pela comunidade científica de menos de 6 meses.
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