Cartaz que associava esquerda ao PCC é removido em Porto Alegre

Um cartaz erguido em um prédio em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, foi removido nesta quarta-feira, 17, após decisão do TRE-RS (Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul). A convocação para os atos em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no dia 7 de setembro, associava a esquerda ao crime organizado.

A retirada do cartaz atende a decisão do juiz eleitoral Márcio André Keppler Fraga do TRE-RS depois de a ex-deputada Manuela D'Ávila (PCdoB-RS), ter criticado a instalação em suas redes sociais.

Todas as mentiras das redes ganham as ruas em Porto Alegre. Isso é criminoso. Quem pagou?", escreveu na legenda da publicação.

O cartaz era dividido, de um lado havia a bandeira do Brasil em cima, e embaixo associava a direita à valores como a Vida, bandido preso e povo armado. Enquanto que do outro lado, sob o símbolo do comunismo, tinha escritos como:  Aborto, bandido solto, povo desarmado e a favor do PCC. 

Em sua publicação, Manuela D'Ávila marcou os perfis do TRE-RS e do Ministério Público do Rio Grande do Sul. O MP encaminhou um pedido de averiguação para a 113ª Zona Eleitoral da cidade.

Como informado pelo UOL, foi cumprido na manhã da última segunda-feira, 15, o mandado de averiguação do MP que exigia que a empresa responsável pela instalação do cartaz fornecesse cópias dos contratos, as notas fiscais dos pagamentos e serviços e os nomes das pessoas que contrataram a colagem do banner.

"O MPRS recebeu as respostas aos questionamentos e os encaminhou à Justiça Eleitoral com pedido para a retirada dos materiais", afirmou em nota.

Motivo de comemoração

A retirada do cartaz foi motivo de comemoração para figuras da esquerda como Matheus Gomes (PSOL-RS), candidato a deputado federal estadual no Rio Grande do Sul. Em suas redes sociais, ele postou um vídeo no qual o prédio está já sem o cartaz.

"Vitória antifacista! Os banners mentirosos e pró-Bolsonaro foram retirados das ruas de POA. Parabéns a quem repudiou nas redes sociais, aos moradores dos prédios, mandatos e partidos que denunciaram na justiça", escreveu.