O Ministério Público pediu à Justiça para que ambos sejam levados para prisão preventiva
Redação Publicado em 07/05/2021, às 08h45
De acordo com informações publicadas na última quinta-feira, 6, pelo jornal O Globo, o Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou Jairo Souza Santos Júnior, mais conhecido como Jairinho, e Monique Medeiros, por homicídio triplamente qualificado e tortura contra Henry Borel, filho de Monique. O menino de quatro anos foi morto no último dia 8 de março.
A investigação havia sido concluída na última segunda-feira, 3. Com o inquérito enviado ao Ministério Público, o órgão pediu à Justiça para que a prisão de ambos passe de temporária para preventiva. O casal está sob custódia ainda de maneira temporária, desde 8 de abril.
De acordo com o promotor do caso, Marcos Kac, é necessário que a prisão seja convertida para preventiva a fim de “assegurar os interesses sociais de segurança”.
De acordo com o documento, o Ministério Público afirma que Jairinho “decidiu ceifar a vida da vítima em virtude de acreditar que uma criança atrapalhava em relação a ele”. Segundo o MPRJ, Henry vivia um “intenso e desnecessário sofrimento físico e mental, como forma de aplicar-lhe castigo pessoal ou medida de caráter preventivo”.
Além disso, o documento mostra que Medeiros, como agente garantidora, não agiu em defesa do filho em relação às agressões que resultaram na morte do pequeno Henry: “[Monique] se omitiu face à sessão de tortura realizada contra o filho, no quarto do casal, em sua residência, quando devia e podia agir para evitar o resultado”, afirmou.
No domingo de 7 de março de 2021,o engenheiro Leniel Borel deixou seu filho Henry na casa da mãe do garoto, sua ex-esposa Monique. Segundo a mulher, via UOL, o menino teria chegado cansado, pedindo para dormir na cama que ela dividia com Jairinho.
Por volta das 3h30 da madrugada, o casal foi verificar o pequeno e acabou encontrando Henry no chão, já desacordado. Monique e o vereador levaram o garoto às pressas para o hospital, enquanto avisavam Leniel, que, desconfiado, abriu um Boletim de Ocorrência.
O caso começou a ser investigado no mesmo dia e, até hoje, a polícia já ouviu cerca de 18 testemunhas. Tendo em vista que a morte do garoto foi causada por “hemorragia interna e laceração hepática [danos no fígado] causada por uma ação contundente”, os oficiais já reuniram provas o suficiente para descartar a hipótese de um acidente, segundo o G1.
O inquérito, no entanto, ainda não foi concluído e, dessa forma, nenhum suspeito foi acusado formalmente, mesmo que a polícia acredite que trate-se de um assassinato. Da mesma forma, falta esclarecer o que realmente aconteceu com Henry naquele dia.
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