Cena explícita de abuso sexual em Blonde, filme sobre Marilyn Monroe, gera polêmica

Blonde, o novo filme da Netflix sobre a vida de Marilyn Monroe, chegará à plataforma de streaming no dia 28 de setembro. A produção, no entanto, tem recebido sérias críticas em razão de uma cena de abuso sexual nele presente.

De acordo com o portal Adoro Cinema, a obra, que foi considerada “muito escandalosa para ser lançada”, conta as lutas da estrela de Hollywood sem muita fidelidade aos fatos e teria o objetivo de transmitir os sentimentos de solidão e trauma vividos por Monroe.

Cena de abuso

Em uma das cenas do longa, a atriz, interpretada por Ana de Armas, é estuprada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy.

Ao chegar em Nova York após um voo, ela é recebida por agentes do Serviço Secreto, que a levam até o quarto do chefe de Estado. Lá, o político força a cabeça de Monroe contra seu órgão genital e xinga a mulher, que implora a si mesma para não tossir, engasgar ou vomitar. A cena, que dura mais de um minuto e meio, foi descrita como "tensa", "perturbadora" e "sensacionalista" pela crítica.

A opinião não é diferente entre os expectadores, sendo que, para alguns, a sequência seria “doentia e desnecessária”. Um internauta chegou a reclamar no Twitter: "A cena gráfica de estupro em Blonde não é por causa da arte. É para inventar fantasias de uma mulher morta que uma vez disse para não fazer dela uma piada."

Para o diretor de Blonde, Andrew Dominik, porém, trata-se de um assunto controverso. "É um filme exigente — é o que é, diz o que diz. E se o público não gostar, isso é problema do público. Não é concorrer a um cargo público”, disse ele em coletiva de imprensa.