Cerveja medieval recriada por pesquisador - Divulgação - Kalbar/TFN
Arqueologia

Cerveja medieval é recriada por pesquisador a partir de resíduos do Palácio Lubomirski

Segundo o especialista, os sedimentos eram o ‘ingrediente secreto’ da produção, sendo usados para a fermentação da cerveja no passado da Polônia

Isabela Barreiros Publicado em 11/01/2021, às 13h39

O arqueólogo Sławomir Dryja, da Pontifícia Universidade de João Paulo II em Cracóvia, na Polônia, foi responsável por recriar uma cerveja branca que era desenvolvida na Idade Média na região. O historiador utilizou sedimentos encontrados nas paredes do porão do Palácio Lubomirski de Cracóvia para a reprodução.

Segundo o pesquisador, esses sedimentos históricos eram usados para a fermentação da cerveja no passado, sendo o “ingrediente secreto” para sua produção, conforme investigado por ele em documentos antigos. Ele explica: “os locais onde coletamos sedimentos já foram cervejarias e locais usados ​​para fermentação”.

Sedimentos das paredes do palácio / Crédito: Divulgação - Kalbar/TFN

 

“No processo de fermentação aberta, muito utilizado até recentemente, a levedura evapora e se deposita nas paredes, onde pode hibernar por centenas de anos, por isso temos fortes motivos para suspeitar que essa levedura fosse a mesma usada para a produção de cerveja no momento”, disse.

A partir disso, o especialista começou a fabricar a própria cerveja, pois ele mesmo é entusiasta do assunto e possui conhecimento técnico sobre a produção de cervejas. Dryja usou grãos embebidos para a elaboração do malte de trigo.

“Acabou sendo bastante específico, apenas um pouco diferente das cervejas contemporâneas que conhecemos. Leve em peso e cor e com sabor de trigo. Perfeito para o verão”, afirmou. 

Sobre arqueologia

Descobertas arqueológicas milenares sempre impressionam, pois, além de revelar objetos inestimáveis, elas também, de certa forma, nos ensinam sobre como tal sociedade estudada se desenvolveu e se consolidou ao longo da história. 

Sem dúvida nenhuma, uma das que mais chamam a atenção ainda hoje é a dos egípcios antigos. Permeados por crendices em supostas maldições e pela completa admiração em grandes figuras como Cleópatra e Tutancâmon, o Egito gera curiosidade por ser berço de uma das civilizações que foram uma das bases da história humana e, principalmente, pelos diversos achados de pesquisadores e arqueólogos nas últimas décadas. 


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