Imagem ilustrativa do T-rex de Jurassic Park - Universal Studios
Arqueologia

Cientistas identificam raros fósseis de Tiranossauros bebês

Encontrados em momentos diferentes da história, os ossos ainda sugerem que, no passado, tais predadores eram bem menores

Pamela Malva Publicado em 15/10/2020, às 15h00

A partir de dois diferentes achados, cientistas da Escócia desenvolveram um estudo inovador, que trouxe fatos inusitados sobre os tiranossauros. Segundo as pesquisas, o predador, no início de tudo, contava com um crânio do tamanho de um rato.

Para as análises, os especialistas contaram com uma mandíbula de um tiranossauro bebê encontrada em Montana, em 1983, e com uma garra de um bebê da mesma espécie descoberta no Canadá, em 2017. Para os cientistas, são achados muito raros.

Isso porque, de acordo com os especialistas, bebês de dinossauros enfrentavam dificuldades até mesmo antes de sair dos ovos, já que serviam como presa para outros predadores. Dessa forma, é muito difícil encontrar ossos de pequenos tiranossauros.

Divulgado na conferência anual da Society of Vertebrate Paleontology, na última terça-feira, 13, então, o estudo mostrou que ambos os fósseis pertenciam aos predadores juvenis. Os ossos encontrados, contudo, são muito menores do que o esperado.

Reconstrução de um crânio a partir da mandíbula encontrada (em azul) / Crédito: Gregory Funston

 

Segundo explicou o pesquisador Gregory Funston, paleontólogo da Universidade de Edimburgo, ao Live Science, os fósseis se parecem muito com ossos de jovens tiranossauros, mas a mandíbula, por exemplo, mede cerca de 2,9 centímetros.

"Ele [o fóssil de 1983] tem um sulco profundo no interior e um queixo distinto, uma característica que distingue os tiranossauros de outros carnívoros", explicou Gregory. Foi essa diferença, inclusive, que convendeu outros paleontólogos sobre a tese.

Por fim, a partir do tamanho dos oito dentes presentes na mandíbula e de sua formação, ficou claro que o pequeno dinossauro morreu antes mesmo de sair do ovo. A mesma coisa foi observada com o fóssil da garra que, segundo Gregory, também não estava completamente formada — sugerindo um estádio embrionário.

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