Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Paleontologia

Tiranossauro rex era “mais um maratonista do que um velocista”, afirma pesquisador

As pernas longas do dinossauro, ao contrário do que se imagina, provavelmente não evoluíram para que ele alcançasse maior velocidade

Isabela Barreiros Publicado em 15/05/2020, às 08h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Imagem ilustrativa do T-rex de Jurassic Park - Universal Studios
Imagem ilustrativa do T-rex de Jurassic Park - Universal Studios

Ao longo dos anos, pesquisadores vêm realizando inúmeros estudos sobre dinossauros. Durante muito tempo, acreditou-se que as pernas desses animais eram alongadas pela evolução para que eles pudessem alcançar velocidades mais altas, no intuito de capturar presas e evitar predadores.

No entanto, um novo estudo realizado por uma equipe de cientistas da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, colocou essa ideia em dúvida. Eles analisaram ao menos 70 espécies do grupo terópodes que inclui dinossauros de diferentes tamanhos — de menos de meio quilo a mais de nove toneladas. O Tyrannosaurus rex está incluso no conjunto.

O paleontólogo líder da pesquisa, Thomas Holtz, afirmou que as pernas mais longas desses dinossauros não evoluíram para que eles pudessem ser mais rápidos, e sim para que pudessem economizar energia e percorrer longas distâncias.

"O pressuposto tende a ser que os animais com adaptações para corrida, como pernas longas, são adaptados para uma velocidade máxima mais alta, mas este artigo mostra que há mais corrida do que velocidade máxima. Quando você é um animal maior, essas adaptações também podem ter resistência e eficiência. Pode ser mais um maratonista do que um velocista”, explicou Holtz.

O artigo, publicado na revista científica PLOS ONE, concluiu que o tamanho dos animais interfere na velocidade que eles conseguem atingir. Grandes dinossauros com pernas mais longas não conseguiam ser tão rápidos quanto os menores que tinham esses membros mais grossos. No entanto, a evolução fez com que eles se tornassem mais eficientes.

Isso quer dizer que as caminhadas dessas espécies exigiam muito menos energia. "Isso é realmente uma economia muito benéfica, porque os predadores tendem a gastar grande parte do tempo procurando, procurando por presas", afirmou o pesquisador. "Se você estiver consumindo menos combustível durante a parte do dia, é uma economia de energia que os dinossauros com pernas mais curtas não obtiveram".