Rua do tiroteio poucas horas depois do atentado ao jornal Charlie Hebdo - Wikimedia Commons
França

Cinco anos após os ataques ao jornal Charlie Hebdo, começa o julgamento dos acusados

14 pessoas enfrentam acusações de terem dado apoio para a realização dos ataques terroristas contra o jornal satírico francês e um mercado judeu no ano de 2015

Penélope Coelho Publicado em 02/09/2020, às 11h21

Começou nesta quarta-feira, 2, o julgamento dos acusados no caso dos atentados realizados em janeiro de 2015, em Paris, na França. Os ataques ao jornal de sátiras francês Charlie Hebdo e a um mercado judeu deixaram 17 mortos. As informações são do portal de notícias UOL.

Na ocasião, em 7 de janeiro daquele ano, os irmãos Said e Cherif Kouachi invadiram a redação do jornal e armados atiraram contra os profissionais que ali estavam, deixando 11 mortos.

Quando saíram do prédio, os criminosos ainda mataram um policial. Dois dias após o ataque, outro jihadista chamado Amédy Coulibaly, atacou um mercado kosher em Paris e matou mais quatro pessoas. Na ocasião, os ataques geraram uma sensação de pânico em Paris.

De acordo com o G1, os três terroristas foram mortos pelas forças de segurança, porém, outras 14 pessoas são acusadas de terem ajudado na logística para a realização dos atentados e o processo deve se estender até 10 de novembro deste ano.

É possível que alguns acusados cumpram prisão perpétua, contudo, a maioria deve ser condenada a 20 anos de reclusão, de acordo com juristas que acompanham o caso. Segundo especialistas, o maior obstáculo será provar a responsabilidade de cada indivíduo no crime, já que os principais acusados estão ausentes e três estão foragidos.

Com objetivo de marcar o início do julgamento, o jornal alvo dos ataques decidiu republicar as charges do profeta Maomé que colocaram o Charlie Hebdo na mira dos terroristas na ocasião.

"Não devemos ter medo do terrorismo nem da liberdade. No fundo, o espírito do Charlie Hebdo é rejeitar a renúncia a nossas liberdades, a renúncia a rir ou a ser blasfemo", afirmou o advogado do jornal Charlie Hebdo, Richard Malka.

França julgamento mortes notícia jornal Ataque terrorista Charlie Hebdo

Leia também

Pesquisadores recriam em 3D rosto de mulher neandertal de 75 mil anos atrás


Maldição por trás da abertura da tumba de Tutancâmon é desvendada


Pesquisadores relacionam descobertas na Cidade de Davi a evento bíblico


Mistério mesopotâmico de 2,7 mil anos pode ter sido desvendado


Arte original de capa do primeiro 'Harry Potter' será leiloada


Javier Milei, presidente da Argentina, clonou seus cachorros? Entenda!