Copa: jornalista barrado por camisa LGBTQIA+ em estádio morre após passar mal em jogo

Na última sexta-feira, 9, o jornalista esportivo Grant Wahl, que fazia a cobertura da Copa do Mundo no Qatar, morreu após passar mal nas tribunas da imprensa do estádio de Lusail, durante a partida pelas quartas de final entre Holanda e Argentina, que acabou com a vitória da seleção argentina. O norte-americano tinha 47 anos. 

A informação foi confirmada pela NPR, rádio onde o profissional trabalhava, pela federação de futebol dos EUA e pelos próprios familiares. 

Em entrevista ao “The New York Times”, o agente de Wahl, Tim Scanlan, informou que o jornalista estava na tribuna nos minutos finais da partida quando passou mal. Ainda não se sabe se ele morreu a caminho ou já em um hospital do Qatar. 

Ele não estava dormindo bem. Ele disse: Só preciso relaxar um pouco", declarou Scanlan.

Bronquite 

No podcast Fútbol, exibido ontem, o jornalista informou que havia tido um caso de bronquite recentemente. Além disso, também revelou que estava “tossindo bastante” e citou que outras pessoas também estavam com o mesmo problema. 

Todo mundo está tossindo aqui. Vários jornalistas têm tido tosses malucas, parecendo que vão morrer”.

Barrado 

Nas últimas semanas, Grant foi barrado de entrar no jogo entre EUA e País de Gales por estar vestindo uma camiseta com um arco-íris, um dos símbolos LGBTQIA+. Na ocasião, um segurança o impediu de entrar no estádio.

No Instagram, o irmão de Grant, Eric Wahl, disse que o profissional recebeu ameaças de morte. Em vídeo, ele declarou ainda que acredita que o irmão tenha sido assassinado. 

Sou gay e a razão de ele usar a camiseta do arco-íris na Copa do Mundo. Meu irmão era saudável. Ele me disse que recebeu ameaças de morte. Eu não acredito que meu irmão apenas morreu, acredito que ele tenha sido assassinado”.