O réptil é de uma espécie de água doce já extinta que viveu durante o Cretáceo
Vanessa Centamori Publicado em 05/05/2020, às 09h38
Enquanto andava por Cañadón de las Tortugas, um espaço dentro do sítio de La Buitrera, em Río Negro, Argentina, um paleontólogo encontrou um impressionante crânio de tartaruga. A descoberta, que aconteceu em 2015, foi recentemente analisada e a conclusão mostrou que o fóssil está muito bem conservado, embora possua 95 milhões de anos.
O crânio pertenceu a um réptil hoje já extinto. A espécie da tartaruga foi denominada como Prochelidella buitreraensis, nome que faz alusão ao sítio arqueológico onde foi encontrada.
"Prochelidella é um gênero de tartaruga de água doce extinta, do período Cretáceo na Patagônia", contou ao site Sputinik Mundo, o líder do estudo, Ignacio Maniel, doutor em ciências biológicas. "[A espécie] tem a característica de ser pequena, de 25 centímetros de comprimento e com uma morfologia particular na casca que a torna distinta".
O estudo, publicado no jornal científico The Journal of Systematic Palaeontology, só foi possível após a análise de restos da carapaça, vértebras e membros encontrados junto ao crânio do réptil. Esses achados permitiram apontar para o gênero do animal, que era comum na região mais austral do continente americano entre há aproximadamente 110 e 90 milhões de anos.
A tartaruga é tão comum por lá que em 1999 pesquisadores já haviam encontrado no sítio arqueológico de La Buitrer outros exemplares desses répteis. Porém, o crânio recém-estudado faz parte da primeira descoberta que inclui cabeça. Além disso, está especialmente bem conservado.
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