O navio naufragado encontrado após 100 anos - Reprodução / Great Lakes Shipwreck Museum
Naufrágio

100 anos após naufrágio, navio da 1ª Guerra Mundial é descoberto

A embarcação, que não tinha carga, naufragou em 1923 após colisão com outro navio

Redação Publicado em 18/10/2023, às 17h07

Um navio da Primeira Guerra Mundial que naufragou em 1923 foi recentemente descoberto a quase 250 metros de profundidade no Lago Superior, nos Estados Unidos, exatamente 100 anos após seu afundamento. O cargueiro de aço, denominado Huronton, teve seu naufrágio confirmado pela Sociedade Histórica de Naufrágios dos Grandes Lagos (GLSHS) no dia 11 de outubro.

A equipe de pesquisadores da GLSHS utilizou o veículo de exploração remota David Boyd para encontrar os destroços subaquáticos. A descoberta causou grande emoção, conforme destacou Bruce Lynn, diretor executivo da GLSHS.

Encontrar qualquer naufrágio é emocionante”, disse ele. "Mas pensar que somos os primeiros olhos humanos a ver esse navio 100 anos depois de ele ter afundado... não são muitas as pessoas que têm essa oportunidade".

A descoberta ocorreu enquanto a tripulação estava realizando um levantamento sonar nas águas do Lago Superior. O leito do lago caiu abruptamente de 91 metros para quase 250 metros, que é quando os pesquisadores notaram uma "linha reta" nas imagens do sonar, indicando a presença do navio naufragado.

Parte do navio Huronton que foi encontrado no mar - Crédito: Reprodução / Great Lakes Shipwreck Museum

 

Triste acidente

Os destroços do Huronton estavam localizados a cerca de 5 km de distância do local onde o navio estadunidense Edmund Fitzgerald naufragou em 1975, tornando a região uma área significativa em termos de naufrágios históricos, segundo a Galileu.

O Huronton, com quase 73 metros de comprimento, estava navegando vazio no momento da colisão. Na mesma região, um navio de carga maior, o Cetus, com aproximadamente 127 metros de comprimento, estava completamente carregado e seguia no sentido oposto. A situação se agravou devido à alta velocidade de ambos os navios.

Ilustração da colisão entre os navios Huronton e Cetus - Crédito: Reprodução / Great Lakes Shipwreck Museum

 

A colisão resultou em um grande buraco no lado bombordo do Huronton, onde a proa do Cetus se chocou. Contudo, o capitão do Cetus tomou uma decisão astuta ao manter os motores avançando, o que temporariamente "vedou" o buraco no lado do Huronton, proporcionando tempo para que a tripulação do navio vizinho embarcasse no Cetus, salvando as vidas dos 17 membros da tripulação.

No entanto, a mascote do Huronton, um buldogue, ficou a bordo. O primeiro oficial do navio, Dick Simpell, demonstrou grande heroísmo ao arriscar sua vida para salvar o cachorro. Ele pulou de volta para o navio, correu até a seção traseira inundada, soltou o cachorro e o levou para o Cetus. Com muita sorte e agilidade, tanto o cão quanto os homens foram salvos. O Huronton afundou nas profundezas do Lago Superior em apenas 18 minutos.

Primeira Guerra Mundial descoberta Naufrágio Embarcação navio 100 anos salvar afundar minutos 1923

Leia também

Estaleiro onde Titanic foi construído poderá ser fechado após mais de 160 anos


Fotógrafo flagra maior tatu do mundo na Serra da Canastra, em Minas Gerais


Colônia de Roanoke: Arqueólogos lançam nova luz sobre a misteriosa história


Funcionário de aeroporto na Indonésia despenca de escada de desembarque


Holandesa de 29 anos consegue direito a eutanásia por sofrimento mental


Em um desafio, adolescente come chip de pimenta e morre nos EUA