Moeda de quase 200 anos com o rosto de Dom Pedro I em uma das faces - Reprodução/YouTube/Band Jornalismo
Dom Pedro I

Dom Pedro I já teve moedas estampadas com seu rosto; mas não gostou

As moedas foram feitas após a Independência do Brasil, ocorrida em 1822

Redação Publicado em 01/09/2022, às 14h15 - Atualizado em 11/09/2022, às 17h00

No dia 7 de setembro de 1822, ocorreu a Independência do Brasil frente ao reino de Portugal, protagonizada por Dom Pedro I, então príncipe regente. Logo, em dezembro daquele mesmo ano, o homem foi coroado como primeiro imperador brasileiro, em uma realizada na cerimônia na Igreja do Carmo, no Rio de Janeiro.

Para celebrar a ocasião, Dom Pedro I autorizou a Casa da Moeda a fabricar moedas de ouro puro com seu rosto estampado. No entanto, uma situação inesperada ocorreu na sequência — o imperador não gostou do resultado, e mandou que o trabalho fosse cancelado, como informado pelo Jornal da Band.

O motivo para o desagrado foi simples, mas crucial: Pedro I foi representado, sim, como um imperador; porém, foi como um imperador romano. Ele foi retratado com o busto nu e utilizando uma coroa de louros, quando queria, na verdade, aparecer na moeda utilizando um uniforme militar, cheio de medalhas.

Moeda feita em homenagem à coroação de Dom Pedro I como imperador do Brasil / Crédito: Reprodução/YouTube/Band Jornalismo

 

Atualmente, cada uma dessas relíquias de quase 200 anos são avaliadas em cerca de R$ 2,5 milhões de reais. Ao todo, somente 64 moedas com Dom Pedro I com a aparência de um líder romano foram produzidas.

Poder Moderador

Dom Pedro I foi uma figura muito controversa entre os brasileiros durante seu império. Enquanto alguns o adoravam, visto que ele foi o responsável pela proclamação da Independência do Brasil, outros criticavam suas atitudes, que ora eram liberais, ora autoritárias.

Um exemplo dessa controvérsia está na Constituição de 1824, promulgada pouco depois da Independência. Nela, foram consagrados os três poderes constituintes do Brasil: o poder Executivo, o Legislativo e o Judiciário, que existem e regem o país até hoje.

No entanto, Dom Pedro I incluiu nesse quadro o chamado Poder Moderador, definido então como "a chave de toda a organização política". Nele, o imperador seria o responsável por dar o veredito final sobre toda e qualquer medida no país, o que faria do poder superior aos outros três, um exemplo de seu autoritarismo. 

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