"Pedimos aos Estados Unidos que mudem sua mentalidade equivocada e sua política perigosa", declarou vice-chanceler chinês em nota destinada à Wendy Sherman
Fabio Previdelli Publicado em 27/07/2021, às 11h10
No último domingo, 25, a vice-secretária de Estado americana, Wendy Sherman, chegou na cidade portuária de Tianjin, no norte da China, para um encontro com o alto escalão do país asiático — com o objetivo de fortalecer a aliança entre as duas principais economias do mundo, explica a AFP.
A reunião, que aconteceu de fato na noite de ontem, 26, também serviria para amenizar os conflitos entre as autoridades dos dois países que, em março passado, trocaram ataques mútuos após discussões sobre direitos humanos e cibersegurança.
Porém, Sherman foi recepcionada com um comunicado agressivo vindo Pequim, que pediu para que os EUA parem de ‘demonizar’ seu país: "A esperança pode ser que, ao demonizar a China, os Estados Unidos poderão de alguma maneira (...) culpar a China por seus próprios problemas estruturais", declarou Xie Feng, vice-chanceler chinês, à Sherman, segundo aponta um comunicado divulgado pelo ministério.
"Pedimos aos Estados Unidos que mudem sua mentalidade equivocada e sua política perigosa", acrescentou.
Xie ainda disse que o povo chinês enxerga a "retórica antagônica dos Estados Unidos como uma tentativa mal disfarçada de conter e suprimir a China".
Na noite de ontem, Sherman se encontrou com Wang Yi, ministro das Relações Exteriores da China, em uma reunião que não teve a presença da imprensa. "Esperamos que a parte americana adote uma posição objetiva e justa com relação à China, abandone sua arrogância e seus preconceitos", teria pedido Wang segundo informou a agência local Xinhua.
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