O corpo celeste está 'engolindo' um aglomerado estelar 11 vezes maior que o Sol; entenda
Pedro Paulo Furlan, sob supervisão de Penélope Coelho Publicado em 13/11/2021, às 11h32
Usando o telescópio Very Large Telescope (VLT) instalado no Chile, e o MUSE — um instrumento instalado no equipamento — pesquisadores encontraram um buraco negro estelar próximo a uma galáxia anã fora da Via Láctea, chamada Grande Nuvem de Magalhães.
Esta é a primeira vez que o instrumento consegue identificar um buraco negro que não esteja dentro da Via Láctea, usando uma técnica parecida com a de raio X.
O MUSE identificou o corpo celeste devido ao sistema que ele conectou com um aglomerado estelar onze vezes mauor que o Sol, a cerca de 116 mil anos luz da Grande Nuvem de Magalhães. As informações vêm da cobertura da publicação Galileu.
O co-autor do estudo que detalhou o encontro do buraco negro, que estava ‘engolindo’ o NGC 1850, o aglomerado estelar citado anteriormente. Stefan Dreizler explicou que estes corpos fazem os sistemas com as estrelas e isto afeta seu movimento de forma “detectável, para que possamos encontrá-los com instrumentos sofisticados”.
Instrumentos como o MUSE e tecnologias parecidas podem facilitar a busca por estes buracos negros, que, na opinião de Sara Saracino, cientista do Instituto de Pesquisa Astrofísica do Reino Unido, é algo parecido com a investigação do personagem da literatura Sherlock Holmes.
“Olhamos para cada estrela neste aglomerado como se estivéssemos com uma lupa em uma mão tentando encontrar alguma evidência da presença de buracos negros, mas sem vê-los diretamente”, afirmou.
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