Esponjas sobrevivendo abaixo do gelo do Ártico - Divulgação / INSTITUTO ALFRED WEGENER
Ciência

Esponjas “alienígenas" se alimentam de matéria fóssil no Polo Norte

Estas espécies vivem no mar Ártico abaixo do gelo e sua existência confundiu cientistas por anos. Entenda!

Pedro Paulo Furlan, sob supervisão de Pamela Malva Publicado em 14/02/2022, às 22h00

Descobertos por cientistas em uma expedição ao Ártico, diversos jardins de esponjas foram fotografados balançando nas profundezas do gelo. Os espécimes atingem mais de um metro de diâmetro e seu funcionamento em geral fez os pesquisadores questionarem como organismos sobrevivem às condições árticas.

Recentemente, no entanto, após um estudo mais profundo da região, da água à sua volta e das próprias esponjas, os especialistas sugerem que, possivelmente, estes organismos, longe de qualquer fonte de nutrição conhecida, se alimentem de matéria fóssil muito antiga, com o auxílio de bactérias amigáveis, que produzem antibióticos. 

Os fósseis que são alimentos dessas esponjas são restos de vermes e outros animais já extintos, algo possível também pela idade destes jardins, diversos deles chegando a mais de 300 anos de idade. Embaixo do gelo, a camada de material morto é abundante, logo, os cientistas creditam isso à fartura de esponjas.

No entanto, os ecossistemas formados por esses organismos podem estar em perigo grave devido às mudanças climáticas e as alterações do mundo debaixo d’água. A professora Antje Boetius, do instituto Alfred Wegener, de acordo com a cobertura do UOL, prega a proteção destas esponjas e o maior estudo delas.

Há tanta vida tipo alienígena e especialmente nos mares cobertos de gelo, onde mal temos a tecnologia para acessar, olhar ao redor e fazer um mapa. [...] Com a cobertura de gelo marinho em declínio rápido e o ambiente oceânico mudando, um melhor conhecimento dos ecossistemas de hotspots é essencial para proteger e gerenciar a diversidade única desses mares do Ártico sob pressão", disse ela.
ciência fóssil Biologia Ártico esponja

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