Estátua do presidente João Goulart e fotografia dele em 1962 - Reprodução/Otto Dumovich / Domínio Público via Wikimedia Commons
Brasil

Estátua em homenagem ao ex-presidente João Goulart será instalada no RS

Mais conhecido como Jango, o ex-presidente João Goulart governou o país entre 1961 e 1964, até ser deposto pelos militares, há quase 60 anos

Éric Moreira Publicado em 15/02/2024, às 12h19 - Atualizado em 16/02/2024, às 11h30

Neste ano de 2024, marca-se os 60 anos do início de um dos períodos mais sombrios e turbulentos da história recente do Brasil: a ditadura militar. Em referência a isso, uma estátua de bronze em tamanho real do ex-presidente João Goulart — aquele que foi deposto pelos militares — será erguida em Porto Alegre, capital do estado em que ele nasceu.

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Conforme noticiado pela GZH, a escultura foi encomendada pela Fundação Caminho da Soberania, tendo sido produzida pelo escultor fluminense Otto Dumovich. Ele tambem foi responsável por produzir uma estátua de Leonel Brizola, ex-governador do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul — o único político eleito para governar dois estados diferentes na história do Brasil —, que se encontra no Palácio Piratini, também na capital gaúcha.

Esse ano é especial, são 60 anos do golpe militar, é um ano que consideramos propício para fazer essa homenagem e reafirmar o compromisso com a democracia. Junto a outros líderes, o Jango foi a grande vítima do golpe militar de 1964", afirma o ex-deputado e presidente da Fundação Caminho da Soberania, Vieira da Cunha, à GZH.

A princípio, era planejada a instalação da estátua perto da Usina do Gasômetro da Avenida João Goulart, mas a empresa responsável por administrar a área não concordou com a iniciativa. Por isso, o local escolhido foi um triângulo entre as avenidas Edvaldo Pereira Paixa e a Aureliano de Figueiredo Pinto, próximo à sede do Ministério Público estadual.

60 anos da ditadura

O golpe militar que deu início à ditadura ocorreu entre os dias 31 de março e 1º de abril de 1964, há quase 60 anos. O período que se seguiu ficaria marcado para sempre na história do Brasil como um dos mais violentos e repressivos da história do país, tendo levado à prisão e morte de civis, militantes e políticos que fossem contrários ao regime.

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