Em 2018, Jamal Khashoggi desapareceu na Turquia; para o governo americano, sua morte foi permitida por Mohamed bin Salman
Giovanna Gomes, sob supervisão de Pamela Malva Publicado em 27/02/2021, às 15h00
Em outubro de 2018, o jornalista Jamal Khashoggi entrou no consulado saudita em Istambul, na Turquia, com o objetivo de pedir uma certidão para que pudesse se casar com sua noiva. Desde então, nunca mais foi visto. Naquela época, os Estados Unidos fizeram um relatório do caso, mas o mesmo permaneceu desconhecido do público até a última sexta-feira, 26, quando finalmente foi divulgado.
O documento acusa o príncipe Mohamed bin Salman de ter aprovado o assassinato de Khashoggi, que realizava críticas à monarquia saudita. Devido a sua enorme influência, é "altamente improvável" que a ação acontecesse sem seu conhecimento ou aprovação. O relatório ainda diz que "o príncipe-herdeiro vê Khashoggi como uma ameaça para o reino e em termos gerais apoiou o uso de medidas violentas para silenciá-lo".
Com a divulgação, o governo americano anunciou que irá impor sanções contra 76 cidadãos sauditas que possuem envolvimento com o crime. Além disso, pessoas que, em seus próprios países, ameaçarem outras por serem dissidentes não poderão entrar nos Estados Unidos. Segundo Antony Blinken, chefe da diplomacia norte-americana, a intenção não é promover uma ruptura com a Arábia Saudita, mas "recalibrar" a relação.
O Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita, no entanto, nega as acusações. "O governo do reino rejeita categoricamente o que é declarado no relatório sobre o crime do assassinato do cidadão Jamal Khashoggi. Que Deus tenha piedade dele", declarou a instituição, através de seu perfil no Twitter.
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