Ilustração da estrela anã vermelha e das duas superterras - Divulgação/Mark Garlick/Jeffers et al.
Ciência

Existência de duas superterras intriga astrônomos

Os dois planetas, que fazem parte de um sistema solar distante, estão próximos da chamada "zona habitável"

Vanessa Centamori Publicado em 26/06/2020, às 13h15

Dois exoplanetas, isto é, dois astros que ficam fora do nosso Sistema Solar, surpreenderam astrônomos em uma recente descoberta. Eles descobriram que a dupla é, na verdade, duas superterras. Assim como a Terra orbita o Sol, elas giram em torno de uma outra estrela, Gliese 887, que está a 11 anos-luz de distância de nós (considere que 1 ano-luz é mais ou menos  9,5 trilhões de quilômetros). 

Além disso, há um terceiro planeta que também pode estar orbitando essa estrela muito longínqua. Só que esse ainda está sob confirmação. Fato é que as principais protagonistas desse intrigante sistema planetário são as superterras, que ganharam os nomes de Gliese 887b e Gliese 887c. 

Uma superterra é todo aquele planeta que possui massa maior do que a da Terra, porém, que ainda assim é uma quantidade de massa menor do que a dos gigantes gasosos do nosso Sistema Solar —  Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. 

Surpreendentemente, as superterras em questão estão próximas da chamada "zona habitável" da estrela, um local onde planetas podem ter água líquida, elemento essencial para a vida. No entanto, isso não significa que em breve encontraremos extraterrestres por lá. 

Isso pois a estrela a partir da qual as superterras orbitam é mais fria do que o nosso Sol. Tal fato faz com que a "zona habitável" esteja bem mais próxima da estrela. Logo, as superterras estão nessa faixa "habitável", só que há um grande porém: os planetas estão um pouco próximos demais um do outro. 

Com isso, ambos ficam em um nível de calor muito elevado, o que impede que a água se mantenha líquida. E, como a estrela é uma anã vermelha, ela tem muita instabilidade, causando tempestades solares frequentes. Alcançar a anã para resolver isso está fora de cogitação, já que as espaçonaves atuais não podem chegar até a estrela Gliese 887.

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