Imagem meramente ilustrativa - Pixabay/geralt
Tecnologia

Facebook suspende o desenvolvimento do Instagram Kids

A notícia de que a plataforma estava desenvolvendo um Instagram dedicado às crianças chegou ao grande público em março passado

Vivaldo José Breternitz* Publicado em 29/09/2021, às 11h41

A notícia de que o Facebook estava desenvolvendo uma versão do Instagram dedicada às crianças chegou ao grande público em março passado.

A empresa confirmou a notícia, gerando indignação entre organizações voltadas a defender os direitos humanos, combater o bullying e proteger a saúde mental, todas preocupadas com os impactos gerados ao se dar às crianças ainda mais acesso às redes sociais.

Em agosto passado, o Wall Street Journal disse ter tido acesso a pesquisas feitas pelo próprio Facebook e que constataram que o Instagram faz mal aos adolescentes, o que aumentou ainda mais a pressão sobre a empresa.

Como é comum em situações como essa, o Facebook disse que as informações publicadas pelo jornal acerca do assunto foram produto de má intepretação e deturpação dos dados da pesquisa.

Agora, a empresa diz estar fazendo uma pausa no desenvolvimento do novo aplicativo, que vem sendo chamado Instagram Kids; segundo ela, a fim de dedicar seus recursos ao desenvolvimento de ferramentas que permitam aos pais supervisionar o acesso de crianças e adolescentes às redes sociais.

Evidentemente, pretende, em paralelo, persuadir o mundo de que um aplicativo desse tipo é, de fato, uma coisa não apenas boa, mas necessária, como deixou claro o executivo responsável pelo Instagram, Adam Mosseri, ao afirmar que crianças já acessam o Instagram mentindo sobre sua idade - a idade mínima para acessar o aplicativo é 13 anos - e que, então, seria melhor desenvolver um novo produto voltado para crianças na faixa etária de 10 a 12 anos, que poderiam acessá-lo apenas sob um controle estrito dos pais.

Segundo Mosseri, o Instagram Kids não será projetado para replicar a versão adulta do aplicativo, mas será livre de anúncios e supervisionado diretamente pelos pais, que poderão controlar o tempo que seus filhos passarão no aplicativo, quem poderá enviar mensagens a eles, quem poderá segui-los e quem eles podem seguir.

Ainda segundo a empresa, ela pretende trabalhar com pais, especialistas e legisladores para demonstrar o "valor e a necessidade" do Instagram Kids, que, se lançado, obviamente tornará as pessoas ainda mais dependentes, no mau sentido, das redes sociais.


Vivaldo José Breternitz, Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.


Sobre a Universidade Presbiteriana Mackenzie

A Universidade Presbiteriana Mackenzie está na 103º posição entre as melhores instituições de ensino da América Latina, segundo a pesquisa QS Quacquarelli Symonds University Rankings, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação. Possui três campi no estado de São Paulo, em Higienópolis, Alphaville e Campinas. Os cursos oferecidos pelo Mackenzie contemplam Graduação, Pós-Graduação Mestrado e Doutorado, Pós-Graduação Especialização, Extensão, EaD, Cursos In Company e Centro de Línguas Estrangeiras.

Em 2021, serão comemorados os 150 anos da instituição no Brasil. Ao longo deste período, a instituição manteve-se fiel aos valores confessionais vinculados à sua origem na Igreja Presbiteriana do Brasil.

redes sociais instagram Facebook kids plataformas

Leia também

Pesquisadores recriam em 3D rosto de mulher neandertal de 75 mil anos atrás


Maldição por trás da abertura da tumba de Tutancâmon é desvendada


Pesquisadores relacionam descobertas na Cidade de Davi a evento bíblico


Mistério mesopotâmico de 2,7 mil anos pode ter sido desvendado


Arte original de capa do primeiro 'Harry Potter' será leiloada


Javier Milei, presidente da Argentina, clonou seus cachorros? Entenda!