O crime ocorreu durante a comemoração do aniversário de 50 anos do homem filiado ao PT
Redação Publicado em 10/07/2022, às 18h47
Uma festa de aniversário terminou na morte do aniversariante em Foz do Iguaçu no último sábado, 9. Filiado ao PT e guarda municipal, Marcelo Arruda foi morto pelo bolsonarista e agente penitenciário Jorge José da Rocha Guaranho, que invadiu sua festa que tinha como tema o Partido dos Trabalhadores.
Ao invadir o aniversário, Jorge José da Rocha Guaranho atirou três vezes contra Marcelo, que revidou os tiros contra o invasor. O homem que perdeu a vida durante o aniversário deixa uma mulher e quatro filhos.
Em relato ao O Globo, o filho de Marcelo, o jovem Leonardo, relembrou os momentos de pânico vividos. Ele disse que ninguém conhecia o invasor e que 'parecia que ia matar todo mundo'.
"O bolsonarista apareceu do nada. Ninguém conhecia ele. Ele gritava que ia matar todos os petistas, gritava palavras de ordem e ‘“aqui é Bolsonaro”. Ele chegou a apontar a arma pela primeira vez para o meu pai. A esposa dele tentou evitar que ele fizesse um primeiro disparo. Ele prometeu que ele ia voltar, e ele voltou logo depois já atirando. Ele acertou três tiros no meu pai. Pelo ódio dele, parecia que ia matar todo mundo. Mas meu pai conseguiu evitar o pior, antes de morrer", explicou ele ao veículo de notícias.
Ele descreveu o clima do aniversário antes da invasão e lamentou que episódios como esse ocorram.
"O ambiente estava maravilhoso. O tema era sobre o PT, partido que ele se identifica, que ele gosta. Nós vivemos num país democrático e devia ser assim. Uma pessoa não pode morrer por causa de uma questão política. Eu penso o seguinte: fez a festa do PT, Lula, que haja respeito. Se outra pessoa faz um aniversário com tema Bolsonaro, que respeite também. Não precisa ir num aniversário do rival e matar ele. Cada um comemora do jeito que quiser. A gente estava numa associação, num ambiente tranquilo", continuou Leonardo.
Ele também disse que a pessoa estava tomada pelo ódio e que a família se encontra apavorada.
"A pessoa estava tomada pelo ódio. Não pensa na família dele, nem na minha. Ele matou enquanto gritava aqui é Bolsonaro, aqui é mito. Estamos todos muito apavorados", disse ele ao veículo.
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