A jovem Shahed al-Banna - Divulgação / Redes sociais
Faixa de Gaza

Gaza: Brasileira interrompe entrevista ao vivo após bombardeio

“Não temos o que fazer, não sei. Eu não quero morrer.”, afirmou Shahed al Banna durante a entrevista

Redação Publicado em 13/10/2023, às 15h03

A brasileira de 18 anos, Shahed al Banna, precisou interromper a entrevista ao vivo que cedia ao canal Globo News para abandonar o abrigo onde está, localizado em uma escola católica, na Faixa de Gaza. Esta ação se deu após uma ordem do Exército de Israel, demandando que todos os palestinos deixem a região norte do território em até 24 horas. 

Durante a conversa realizada por chamada de vídeo, a brasileira relatou o desespero para deixar o local. “A situação está difícil, a irmã da igreja se reuniu com a gente e disse que a escola [onde os brasileiros estão abrigados] não é mais um lugar seguro, que os israelenses vão atacar todos os lugares”, disse ela.

Não sabemos aonde ir, temos que ir para o sul mas não sabemos quem vai nos receber. Não temos o que fazer, não sei. Eu não quero morrer.”, disse Shahed Al Banna à Globo News.

Conforme repercutido pelo UOL, a brasileira foi as lágrimas ao afirmar que a embaixada irá transportá-los até o sul da Faixa de Gaza, mas que o caminho não é seguro. “A gente não pode mais ficar aqui, vamos deixar tudo, os alimentos. Não vamos conseguir levar nada”, disse a jovem de 18 anos.

Momentos depois, foi possível ouvir um som alto e o grito da jovem, que interrompeu a entrevista e afirmou que teria de deixar o local naquele momento. 

Espera por resgate

Segundo o Itamaraty, 26 brasileiros aguardam resgate na região de Gaza. Contudo, tanto as fronteiras israelenses, quanto as egípcias se encontram fechadas. O Ministério das Relações Exteriores afirmou que está em meio a negociações com o governo do Egito para formar um corredor humanitário e liberar a passagem dessas pessoas.

A determinação de Israel para o povo palestino evacuar a região norte da Faixa de Gaza nas próximas 24 horas aponta para a ocorrência de mais um ataque terrestre. Em nota, a ONU disse temer uma “situação humanitária catastrófica” na região, que acumula mais de um milhão de mortes. 

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