Foto de Donald Trump - Wikimedia Commons
Estados Unidos

Grupo supremacista celebra resposta de Trump em debate

Os extremistas Proud Boys ficaram eufóricos depois que o presidente se recusou a condenar as atitudes violentas

Caio Tortamano Publicado em 30/09/2020, às 16h44

O primeiro debate presidencial entre Joe Biden, do partido democrata, e o atual presidente Donald Trump, dos republicanos, marcou o início de uma guerra ideológica nas eleições nos Estados Unidos.

Diante disso, um grupo supremacista branco chamado Proud Boys se entusiasmou com uma frase de Trump, a interpretando como uma demonstração de apoio.

Proud Boys é um grupo de extrema-direita que organiza constantemente manifestações contra outros manifestantes de ideologias contrárias, como o Black Lives Matter. A frase em questão ocorreu quando o intermediador do debate, Chris Wallace, pediu para que Trump comentasse a respeito do violento grupo, somente formado por homens brancos.

Wallace perguntou se o republicano condenaria as atitudes supremacistas de grupos específicos, que estão se espalhando cada vez mais pelo país, e ele respondeu: “Claro, estou disposto a condenar, mas eu diria que a maior parte das coisas que eu vejo pertencem a grupos de esquerda”.

A resposta deixou Joe Biden nada satisfeito, o que levou o democrata a pedir para que falasse especificamente dos Proud Boys.

Então, Trump endereçou uma mensagem direta ao grupo: “Proud Boys, recuem e permaneçam atentos. Vou falar o seguinte, alguém tem que fazer alguma coisa em relação aos Antifa e a esquerda, porque isso não é um problema da direita”. 

The Proud Boys are ecstatic tonight about getting mentioned in the debate tonight.

"Trump basically said to go fuck them up! this makes me so happy," writes one prominent Proud Boy. pic.twitter.com/hYA7yQVAOn

— Mike Baker (@ByMikeBaker) September 30, 2020

De acordo com a CNN, A fala foi interpretada como um incentivo às ações truculentas do grupo supremacista contra os manifestantes de esquerda — conhecidos como antifa (antifascista) —, e gerou ânimo entre os participantes do grupo em uma rede social chamada Parler, própria para nacionalistas de direita.

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