O grupo de japoneses fazia parte de campos de extração de madeira nas florestas do Canadá, mas há evidências de que eles continuaram na região mesmo após o término da operação
Isabela Barreiros Publicado em 09/09/2019, às 17h00
Arqueólogos descobriram uma vila japonesa abandonada do início do século 20 nas florestas da província da Colúmbia Britânica, no Canadá. O pesquisador Bob Muckle e sua equipe estavam escavando campos de extração de madeira euro-canadenses quando encontraram as evidências do assentamento japonês.
Inicialmente, eles encontraram o que era esperado para florestas que estavam passando pelo extrativismo: serras enferrujadas e outros itens semelhantes. No entanto, o local guardava mais informações sobre as pessoas que estavam na região durante as décadas de 1920 e 1930. Foram escavados itens como frascos de remédios, relógios, bules, botões, moedas e muitos pedaços de cerâmica japonesa.
A partir dessa descoberta, foi possível assumir que o local era lar para um número considerável de japoneses. Mesmo após o término da operação, muitas famílias decidiram permanecer assentadas ali, mas não é claro para os pesquisadores quem morava na vila ou por quanto tempo.
Muckle ainda analisa a possibilidade de o grupo ter continuado na área até 1942, quando o governo canadense passou a prender pessoas de ascendência japonesa e enviá-las para campos de concentração na Segunda Guerra. O fato de ele ter encontrado itens de uso doméstico apoia a ideia de que eles tiveram que deixar suas casas com muita rapidez.
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