Paciente utilizando novo implante bilíngue - Reprodução / Nature / University of California in San Francisco
Ciência

Implante cerebral bilíngue permite paciente falar dois idiomas pela primeira vez

O aparelho decodifica a atividade cerebral para diferenciar os dois idiomas a partir de inteligência artificial; confira!

Isabelly de Lima Publicado em 22/05/2024, às 12h44

Um implante cerebral conseguiu, pela primeira vez, decodificar a fala de um paciente paralisado através de atividade cerebral diferenciando frases em espanhol e inglês. O feito aconteceu graças ao desenvolvimento de um sistema de inteligência artificial que detecta o idioma sendo falado em tempo real.

O aparelho foi desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Neurociência Weill, da Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF), nos EUA. A pesquisa em questão detalha os testes com o paciente foi publicada na revista Nature Biomedical Engineering nesta semana. A tecnologia é uma interface entre computador e cérebro, com o objetivo de fazer com que uma pessoa paralisada possa se mover ou se comunicar.

Para que isso possa acontecer, um aparelho registra a atividade cerebral (o implante) e decodifica para gerar a fala — ou controlar diferentes dispositivos, como um celular, um braço robótico, e outros. Porém, no estudo, os cientistas explicam que “os avanços na decodificação da fala a partir da atividade cerebral concentraram-se na decodificação de um único idioma”.

Novos idiomas

Logo, o inglês é uma dificuldade para que o aparelho seja usado no futuro por pessoas que não falem o idioma. Exatamente por isso, o grupo de pesquisadores desenvolveram uma IA para conseguir identificar diferentes idiomas. O sistema foi treinado em inglês e espanhol, segundo o portal O Globo, porque o paciente é nativo do espanhol.

Os idiomas que uma pessoa fala estão, na verdade, muito ligados à sua identidade. Portanto, nosso objetivo de longo prazo nunca foi apenas substituir palavras, mas restaurar a conexão das pessoas”, disse Edward Chang, principal autor do estudo e neurocirurgião na universidade, à revista Nature.

O implante conseguiu, nos testes, distinguir entre as duas línguas adequadamente com precisão de 88%, decodificando frases corretas com exatidão de 75%.

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