A nova pesquisa usou tecnologias mais avançada para detectar tumores que não seriam visíveis de outras formas
Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 01/05/2021, às 14h03
Um estudo da Universidade de Cambridge publicado no EurekAlert na última quinta-feira, 29, revelou que a ocorrência de câncer na Inglaterra medieval é pelo menos dez vezes mais alta do que os cientistas acreditavam até então.
Anteriormente, pensava-se que apenas 1% da população sofria com câncer na Idade Média, tornando essa uma doença rara na sociedade, diferente de disenteria e peste bubônica, que possuíam índices altos.
Através da realização de tomografias computadorizadas em 146 esqueletos do período entre os séculos 6 e 16, todavia, os especialistas constataram que, na verdade, entre 9 e 14% dos adultos ingleses da era medieval possuíam tumores, tornando o câncer relativamente comum - tanto quanto as outras duas doenças infecciosas citadas.
"Com o uso das tomografias computadorizadas, pudemos ver lesões cancerígenas escondidas dentro de um osso que parecia completamente normal do lado de fora", explicou Jenna Dittmar, que foi co-autora do estudo.
Um dado importante para comparação que também foi levantado pela pesquisa é que atualmente entre 40% e 50% dos ingleses possuem câncer quando morrem, o que pode ser consequência do fumo, da poluição atmosférica e até mesmo do aumento da expectativa de vida, que dá mais tempo para que ocorra surgimento de tumores.
++Leia a pesquisa completa aqui.
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