Jornalista que já visitou destroços do Titanic diz que expedições deveriam ser pausadas

Após a implosão do submarino que levava pessoas até os destroços do Titanic, navio que naufragou em 1912, Michael Guillen, jornalista e físico, expressou sua sincera opinião sobre expedições futuras, marcadas pelo perigo. Ele é uma das pessoas que já conferiu de perto os restos do Titanic. 

Guillen, que teve uma péssima experiência durante a expedição, caracterizou o oceano como uma 'besta impiedosa' e que os destroços do navio devem ser vistos como um 'solo sagrado'. 

"Certamente, precisamos parar, pausar todas as viagens ao Titanic, acredito, e descobrir, você sabe, que tipo de restrições devemos impor", afirmou ele durante entrevista ao GB News. "Isto não é um passeio. Este é um negócio sério. O oceano é uma fera impiedosa, realmente. Está pronto para engolir você." 

A expedição

Guillen viajou até os destroços do Titanic em 2000, num submersível russo. Na época, ele era correspondente da ABC. Embora tenha se tornado o primeiro correspondente da TV a fazer uma cobertura do tipo, a expedição foi turbulenta.

Isso porque o submarino no qual se encontrava acabou preso na hélice do Titanic ao ser alvo de uma 'corrente subaquática muito forte', repercute o The Independent. 

"Eu passei por isso. Eu sei como é ser enterrado vivo em uma lata no fundo do Oceano Atlântico. É aterrorizante - aterrorizante", desabafou ele ao destacar a expedição da OceanGate que terminou com a morte de cinco passageiros no dia 18 de junho.

O jornalista explicou que o submersível da OceanGate foi 'projetado principalmente para o turismo', o que muito difere da 'embarcação séria criada por pessoas sérias', que o levou até os destroços do Titanic.