O deputado Kim Kataguiri - Divulgação/ Senado Federal
Brasil

Kim Kataguiri defende Monark: 'Não é nazista'

Deputado falou que apresentador “falou uma grandessíssima bobagem”; Kim também publicou um vídeo para esclarecer suas falas

Fabio Previdelli Publicado em 09/02/2022, às 12h10

Após a apresentação do programa ‘Flow Podcast’ na última segunda-feira, 7, o youtuber Bruno Aiub, popularmente conhecido como Monark, foi amplamente criticado nas redes sociais por defender a existência de um partido nazista no Brasil.

"A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião ", declarou. "Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei".

Depois do episódio, conforme relatado pela equipe do site do Aventuras na História, o Flow viu diversas empresas romperem contrato de publicidade com o programa e optou pelo desligamento de Monark. Na ocasião, Aiub conversava com os deputados Kim Kataguiri e Tabata Amaral sobre liberdade de expressão. 

“Deveria existir um partido Nazista legalizado no Brasil”

“Se o cara for anti-judeu ele tem direito de ser Anti-judeu”

Eu tinha achado que ele tinha superado todos os limites no último papo de racismo, mas ele conseguiu se superar de um jeito… pic.twitter.com/h9Tf7g8TYg

— Levi Kaique Ferreira (@LeviKaique) February 8, 2022

À colunista da Folha Mônica Bergamo, Kataguiri falou sobre o ocorrido e defendeu Aiub: "Falou uma grandessíssima bobagem, mas não é nazista".

Vale ressaltar que Kim também foi alvo de críticas nas redes por defender que o nazismo não deveria ser crime no país. "Todo mundo na mesa concorda em rechaçar o nazismo, em repudiar e em combater o nazismo. A discussão era qual é a melhor maneira de se combater o nazismo. É jogando luz nas ideias, é fazendo um debate às claras? Na minha opinião, é fazendo um debate às claras", disse no programa. 

Por mais absurdo, idiota, antidemocrático, bizarro, tosco que [seja o assunto que] o sujeito defenda, isso não deve ser crime. Por quê? Porque a melhor maneira de você reprimir uma ideia antidemocrática, tosca, bizarra, discriminatória, é você dando luz àquela ideia para que aquela ideia seja rechaçada socialmente, e então socialmente rejeitada", prosseguiu. 

Em suas redes sociais, o deputado publicou um vídeo para esclarecer sua fala e defender seu ponto de vista. "Eu disse o seguinte: a melhor maneira de rechaçar, de repudiar essa ideologia nefasta, monstruosa, é justamente tendo a rejeição social, cultura. É fazendo com que essa ideia seja inadmissível por meio do debate. Não teve nenhuma defesa de nazismo, de existência do nazismo. Pelo contrário…”.

 

Kataguiri ainda declarou que não existe ninguém no Parlamento mais ‘pró-Israel’ do que ele.

“Não tem ninguém que tenha um posicionamento mais pró-Israel no Parlamento do que eu. É até engraçado ver gente anti-Israel me chamando agora de antissemita, me chamando de nazista, quando o meu objetivo é o contrário".

Para justificar seu ponto, Kim Kataguiri postou manchetes de notícias sobre comunidades judaicas que aprovaram a publicação do livro Mein Kampf, escrito por Adolf Hitler.

"Os judeus alemães defendem a publicação do Mein Kampf não porque eles defendem ideias nazistas. Não. Defendem justamente pra você ver o quanto aquela ideologia é escrota, é nefasta, e porque ela precisa ser repudiada, rechaçada, combatida", completa.

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