"Machismo mata a humanidade", diz papa Francisco ao tratar sobre protestos no Irã

Em seu voo de retorno do Bahrein, ocorrido no último domingo, 6, o papa Francisco declarou a jornalistas que o "machismo mata a humanidade". A fala se de deu após perguntas acerca dos recentes protestos pelos direitos das mulheres no Irã.

Apesar de não ter comentado especificamente sobre a crise no país citado, o pontífice apontou que uma "sociedade incapaz de colocar a mulher em seu lugar não consegue avançar".

Devemos continuar lutando pelas mulheres porque elas são um presente. Deus não criou o homem e depois deu a ele um cãozinho para se divertir. Não, ele criou homem e mulher como iguais", declarou Jorge Bergoglio, segundo informações da agência de notícias ANSA.

Logo em seguida, o líder da Igreja Católica reconheceu que também o povo argentino, do qual provém, é machista. "Isso é ruim, mas depois apelamos às mães, que são aquelas que resolvem o problema. Esse machismo mata a humanidade, precisamos de mulheres na sociedade que nos ajudem a mudar", acrescentou.

Mulheres na Igreja

Em sua declaração, Francisco mencionou que deu mais espaço para mulheres na Igreja durante seu papado, embora, conforme lembrou a fonte, já tenha rejeitado propostas para ordenar diaconisas. "Uma sociedade que apaga as mulheres da vida pública é uma sociedade que se empobrece”, disse o religioso.