A cantora sertaneja faleceu em um acidente de avião, que ainda vitimou outras quatro pessoas, no dia 5 de novembro
Pamela Malva Publicado em 25/11/2021, às 18h00
No dia 5 de novembro deste ano, o Brasil despediu-se da cantora Marilia Mendonça, conhecida como a Rainha da Sofrência. Semanas mais tarde, nesta quinta-feira, 25, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que a artista foi vítima de um politraumatismo, causado pela queda do avião no qual ela viajava em Caratinga, segundo o G1.
Naquele dia, a cantora estava acompanhada de seu tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho, do produtor Henrique Ribeiro e dos pilotos Geraldo Medeiros e Tarciso Viana. Todos faleceram no trágico acidente, vítimas de politraumatismo contuso, conforme explicou o médico-legista Thales Bittencourt de Barcelos.
Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, então, a Polícia Civil apresentou dados sobre o andamento das investigações acerca do caso, incluindo os detalhes do laudo do Instituto Médico Legal (IML). Tais informações indicaram que todas as vítimas do acidente morreram só depois que o avião já estava no chão.
Segundo Bittencourt, o falecimento de Marília Mendonça e dos outros tripulantes da aeronave foi uma consequência do choque do bimotor com o chão. Nesse sentido, a polícia agora trabalha com duas hipóteses sobre a causa do acidente.
A primeira linha de investigação sugere que os cabos de distribuição de uma torre da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) podem ter provocado a queda do avião. Por outro lado, também existe a possibilidade de pane nos motores da aeronave.
Essa hipótese, contudo, depende da investigação do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) — análise esta que está sendo acompanhada pelo Ministério Público Federal (MPF) em Minas Gerais.
O MPF, inclusive, requisitou que o 3º Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) encaminhe o relatório final do acidente, para que, então, seja analisada a necessidade, ou não, da adoção de alguma medida legal.
"A gente avançou com essa oitiva. Não descartamos nenhuma possibilidade. Mas há fortes indícios que as linhas de transmissão teriam sido as causadoras do acidente", afirmou o delegado Ivan Lopes Sales. É importante lembrar, contudo, que ainda não existe um prazo para que o inquérito do acidente seja concluído.
Enquanto isso, o próprio Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) também investiga o acidente. O objeto das análises, todavia, é a instalação das torres de distribuição de energia da Cemig em Caratinga, ainda conforme Sales.
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