Superfície do Planeta Vermelho - Getty Images
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Chuvas torrenciais e violentas enchiam e rompiam lagos na superfície de Marte, apontam estudos

Pesquisadores da Universidade de Texas estão analisando imagens por satélite do planeta vizinho para determinar a ação das chuvas bilhões de anos atrás

Caio Tortamano Publicado em 24/08/2020, às 13h38

Entre 3 bilhões e meio e 4 bilhões de anos atrás, era muito possível que diversos lagos — hoje vazios — estivessem cheios de água na superfície de Marte, e que teriam se enchido com chuvas torrenciais e violentas. É o que uma nova pesquisa da Universidade do Texas aponta.

A força dessas chuvas teria sido tamanha que elas conseguiam romper os lagos e criar canais semelhantes a rios. Analisando a profundidade dos mesmos, os pesquisadores buscam quantificar o volume de chuvas ocorridas no planeta vizinho.

O cientista planetário Gaia Stuck de Quay, um dos responsáveis pela pesquisa, explica o trabalho deles: “Nós estamos tentando entender quanta água tinha no planeta, e para onde ela foi”. Ainda não se sabe se essas chuvas eram, de fato, somente violentas, ou se também tinham leves garoas — com a possibilidade, ainda, de ambos os cenários existirem.

Por meio de imagens de satélite, os pesquisadores examinaram 96 bacias de lagos em Marte, que se imagina que foram formados bilhões de anos atrás. Enquanto algumas bacias permaneceram intactas pela ação da água, outras se romperam. Assim, eles mediram esses reservatórios, sendo possível indicar quanta água eram capazes de receber antes de romper.

Os autores da pesquisa acreditam que essas novas informações sobre precipitação e aridez poderiam ajudar a melhorar e testar modelos climáticos para o Planeta Vermelho, mas eles admitem que suas descobertas são apenas iniciais, tendo muito mais a ser descoberto.

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