De acordo com especialistas, o preconceito continua sendo o maior desafio
Penélope Coelho Publicado em 28/07/2021, às 12h00
Segundo um estudo realizado pela Fundação Seade, o estado de São Paulo registrou queda de 74% nas mortes em decorrência da Aids, a constatação acontece mais de duas décadas depois do estado registrar o recorde de mortes por conta da doença. As informações foram publicadas na última terça-feira, 27, pelo G1.
No ano de 1995, 7.739 mil pessoas perderam a vida para a enfermidade, em 2019, o estado registrou 2.049 mil óbitos por Aids. De acordo com os especialistas, a pesquisa revela que a taxa de mortalidade despencou para 4,6 mortes por 100 mil habitantes.
"Essa queda é resultado de um esforço enorme por uma política pública, que se tornou muito bem estruturada no nosso estado”, afirmou a doutora Maria Clara Gianna, coordenadora-adjunta do Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo, em entrevista ao G1.
A análise feita a partir de dados do registro civil traz notícias animadoras, contudo, ainda há muito para se fazer. Segundo os especialistas, apesar dos gestos do governo e da evolução científica, a Aids ainda é envolta em um estigma preconceituoso, que pode gerar desconforto para que um soropositivo buque ajuda.
"É possível reduzir muito a quantidade de mortes pela Aids por meio de novas estratégias de prevenção [...] e, sobretudo, mais informação pelo fim do estigma e do preconceito que acompanham o diagnóstico", pontua Gianna.
Confira a pesquisa completa aqui.
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