A vereadora Marielle Franco, morta em 2018 - Reprodução / Youtube / Mídia Ninja
Marielle

Motivação para assassinato de Marielle pode ser esclarecida por Ronnie Lessa

Marielle Franco foi assassinada em 2018 e desde então uma investigação vem disso feita para descobrir mais detalhes; causa pode ter sido revelada

Redação Publicado em 21/03/2024, às 10h23

A ampliação e desenvolvimento imobiliário conduzido por grupos armados na área ocidental do Rio de Janeiro podem ter sido a causa do assassinato da vereadora Marielle Franco.

Em acordo colaborativo estabelecido com a Polícia Federal, o ex-policial militar Ronnie Lessa — aquele que disparou contra e matou Marielle Franco — teria explicado como a vereadora entrou em conflito com indivíduos que promoviam a expansão de propriedades que abastecem uma facção ligada à milícia na região.

De acordo com o portal O Globo, os mandantes do crime teriam mencionado esse fato durante a reunião para contratar Lessa para o ataque. A colaboração do ex-policial foi validada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, na terça-feira, 19. Após a formalização do acordo, os advogados de Lessa se retiraram do caso.

Além da motivação para assassinar a vereadora, Lessa teria identificado os mandantes do crime. Os trechos revelados da delação premiada até agora sugerem a possível participação do clã-Brazão, formado pelo ex-deputado e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, Domingos, e seu irmão, o deputado federal Chiquinho.

A ampliação e exploração imobiliária é atualmente uma das principais fontes financeiras do crime organizado na cidade. Dados da prefeitura do Rio indicam que, entre 2021 e 2022, mais de 1300 construções ilegais ligadas à milícia foram demolidas. A destruição dessas propriedades teria causado um prejuízo de 646 milhões de reais para os milicianos.

Marielle foi assassinada a tiros em 2018 - Reprodução / Youtube / Mídia Ninja

 

Oposição à milícia

Existe a suspeita de que Marielle tenha chamado a atenção da milícia ao bater de frente com o uso de um terreno em Jacarepaguá, informa o Carta Capital. Isso já havia sido mencionado pela mídia em janeiro deste ano.

Marielle defendia que o terreno em Jacarepaguá fosse reservado para pessoas de baixa renda, para habitação popular. Os milicianos, por outro lado, trabalhavam para que a área não fosse utilizada para benefício social e sim para especulação imobiliária.

A resistência da psolista teria causado a irritação da ala política do grupo criminoso, que então optou por contratar Lessa.

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