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Notícias / Marielle Franco

Após revelar quem mandou matar Marielle Franco, Ronnie Lessa perde defesa

Preso desde 2019 por ser o executor de Marielle Franco, o ex-policial militar Ronnie Lessa entregou os mandantes e as circunstâncias do crime

Redação Publicado em 20/03/2024, às 13h37 - Atualizado em 22/03/2024, às 15h39

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Ronnie Lessa - Reprodução/TV Globo
Ronnie Lessa - Reprodução/TV Globo

Na última quarta-feira, 20, a defesa de Ronnie Lessa — ex-policial militar acusado de ser um dos executores da vereadora Marielle Franco em 2018 — abandonou o caso. Isso aconteceu, pois, segundo nota assinada pelos advogados Fernando Santana e Bruno Castro, o escritório responsável pela defesa "não atua para delatores".

Na última semana, Ronnie Lessa teve a delação premiada homologada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), onde entregou os mandantes e as circunstâncias do assassinato. Preso desde 2019, ele não havia revelado os mandantes até que, recentemente, o ex-PM e também envolvido Élcio de Queirozo entregou como autor do disparo que matou Marielle.

Segundo Lessa, os mandantes compõem um grupo político poderoso no Rio de Janeiro, que possui vários interesses em diversos setores do Estado. Na delação, foram revelados detalhes de encontros com eles e indícios sobre as motivações.

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"Desde o primeiro contato deixamos claro que ele não poderia contar com o escritório caso tivesse interesse em fechar um acordo de delação premiada. Talvez, não por outro motivo que nós não fomos chamados por ele para participar do processo de delação firmado. Nesse cenário, apresentaremos renúncia ao mandato em todos os doze processos que atuamos para ele, ou seja, a partir de hoje não somos mais advogados de Ronnie Lessa", afirma a nota da defesa de Lessa, que abandonou o caso, conforme o g1.

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Delação

Ronnie Lessa era policial militar no Rio de Janeiro, mas foi expulso da corporação depois que as investigações do caso Marielle o apontaram como possível autor do crime. Ele está preso desde março de 2019, mas nunca havia revelado quem ordenou o assassinato, até que outro acusado de ser executor, Élcio de Queiroz, o apontou como autor dos disparos.

Em 2021, ele foi condenado a 4 anos e meio de prisão por ocultar as armas do crime, e depois a pena foi aumentada para 5 anos. Porém, quando fez a delação recente, ele se comprometeu com a Justiça e com o Ministério Público a contar o que sabia sobre o crime, em troca de uma redução em sua pena.