Pesquisadores reconstruíram as faces de três homens que habitaram o Egito Antigo
Isabela Barreiros, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 28/09/2021, às 13h59
É possível observar como teriam sido os rostos de três homens que habitaram o Egito Antigo há mais de 2 mil anos por meio de reconstruções faciais em 3D realizadas através de dados de DNA extraídos de suas múmias.
O projeto ambicioso foi realizado em três restos mortais mumificados de homens descobertos na antiga cidade egípcia de Abusir el-Meleq e enterrados entre 1380 a.C. e 425 d.C., como relata o portal Live Science.
As reconstruções faciais, que mostram como esses indivíduos provavelmente foram no passado, tiveram como base em sequenciamento de DNA feito por pesquisadores do Instituto Max Planck para a Ciência da História Humana em Tübingen, Alemanha em 2017.
Aquela tinha sido a primeira vez que cientistas conseguiram reconstruir de fato um genoma de uma múmia egípcia antiga, o que serviu de base para o projeto da empresa de tecnologia de DNA Parabon NanoLabs, que usou esses dados genéticos para a empreitada que criou os rostos dos egípcios.
A partir dos dados genéticos extraídos das múmias em 2017, foi possível desenvolver modelos em 3D das faces dos indivíduos através da fenotipagem forense de DNA, uma técnica que prevê características por meio de análise genética.
Os pesquisadores então atribuíram diferentes traços para os egípcios por meio do processo; eles tinham cerca de 25 anos, pele morena clara, cabelos e olhos escuros e estavam mais próximos dos indivíduos modernos do Mediterrâneo ou do Oriente Médio do que dos egípcios modernos com base na sua composição genética.
O projeto, que trouxe os homens “de volta a vida”, foi revelado no 32º Simpósio Internacional de Identificação Humana em Orlando, Flórida, no último dia 15 de setembro. Em comunicado, a empresa afirmou:
"Esta é a primeira vez que uma fenotipagem abrangente de DNA foi realizada no DNA humano desta idade".
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