Especialista afirmou que “este é um dos jardins elisabetanos mais emocionantes já descobertos neste país”
Isabela Barreiros, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 31/01/2021, às 08h00
Durante obras realizadas na linha ferroviária HS2, perto da cidade de Coleshill, na Inglaterra, foram encontradas estruturas muito antigas. A partir de investigações arqueológicas, descobriu-se que se tratavam de restos da Mansão Coleshill e um fosso octogonal da mesma residência.
Com o tempo, porém, os pesquisadores fizeram uma descoberta ainda mais impressionante: eles identificaram vestígios de um enorme jardim elisabetano, datado do século 16. O local não estava descrito em nenhum registro histórico da região, o que aumentou o choque dos especialistas ao vê-lo pela primeira vez.
"Houve apenas três ou quatro investigações de jardins dessa escala nos últimos 30 anos, incluindo Hampton Court, Kirby em Northamptonshire e Kenilworth Castle, mas esta era totalmente desconhecida”, disse Paul Stamper, especialista em jardins ingleses da Universidade de Leicester.
Ao lado da mansão, estavam caminhos de cascalho conservados, pavilhões de jardim, canteiros, ornamentos alinhados com um padrão geométrico e inúmeros artefatos. Cachimbos, balas de mosquete e as mais variadas moedas foram alguns dos objetos encontrados.
Os arqueólogos acreditam que o jardim tenha sido construído por um homem de nome Sir Robert Digby, residente da mansão, que se casou com uma herdeira irlandesa. O local tinha como intuito demonstrar sua riqueza e status social.
“Este é um dos jardins elisabetanos mais emocionantes já descobertos neste país”, afirmou Stamper. “A escala de preservação neste local é realmente excepcional e está aumentando consideravelmente nosso conhecimento sobre jardins ingleses por volta de 1600”.
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