Hamilton Mourão - Wikimedia Commons
Brasil

'Não é um incêndio padrão Califórnia o que está acontecendo na Amazônia', diz Mourão

Durante entrevista, o vice-presidente disse que nem todos os focos de calor relatados na floresta são sinônimo de incêndio

Redação Publicado em 14/09/2020, às 11h11

Em entrevista realizada no último sábado, 12, para a CNN, o vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, fez uma comparação polêmica entre as queimadas na Amazônia e o fogo que atinge a Califórnia, nos Estados Unidos. As informações são do jornal O Estado De São Paulo.

De acordo com a publicação, Mourão afirmou que nem todos os focos de calor registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) e outras instituições tratam-se de incêndios.

“O que o Inpe acusa é o número de focos de calor, que nem sempre significam um incêndio. Qualquer evento acima de 47 graus sinaliza como foco de calor, como se eu acender uma fogueirinha. Temos que dar a devida proporção. É ilegal, temos que combater [as queimadas criminosas], mas não é um incêndio padrão Califórnia o que está acontecendo na Amazônia”, disse o vice-presidente do Brasil.

Além disso, durante a entrevista o político fez críticas para a pressão, que segundo Mourão, são feitas exclusivamente sobre a Amazônia brasileira: “Não tem desmatamento na Bolívia, na Colômbia, no Peru? Há um jogo geopolítico pesado, onde também participam empresas, que por sua vez, também são pressionadas pela agenda ESG”.

O vice-presidente ainda comentou sobre o apoio de empresas brasileiras no combate ao desmatamento: “Nossos grandes frigoríficos estão ajudando, participando de uma política fundamental que é a rastreabilidade do rebanho criado no Brasil. A partir do momento em que não aceitarem mais comprar gado que venha de área desmatada estarão dando um passo enorme para se encaixar nessa agenda e cooperar com o governo”.

De acordo com informações do jornal O Globo, segundo dados Inpe, o número de focos de calor que foram registrados na Amazônia entre o primeiro dia de janeiro até 9 de setembro, são os maiores desde 2010. Somente em 2020, 56.425 mil queimadas foram registradas no local, o que significa um crescimento de 6% em relação ao mesmo período do ano passado.

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