Por meio do telescópio Webb, os cientistas buscam desvendar mistérios do planeta
Alan de Oliveira | @baco.deoli sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 06/06/2022, às 11h32
Em julho, a NASA revelará as primeiras observações em cores do telescópio James Webb, algo que comunidade científica aguarda ansiosamente. Em seu primeiro ano, ela analisará dois exoplanetas quentes classificados como "superterras" por tamanho e composição rochosa. Eles são LHS 3844 b e 55 Cancri e.
A ideia é estudar a geologia peculiar dos planetas localizados fora do nosso sistema solar. O Webb, primeiramente, está indo de encontro com os dois exoplanetas quentes, classificados como "superterras", com base no tamanho e na composição das rochas de "Cancri e" e "LHS 3844 b".
No caso de 55 Cancri, chamam atenção suas temperaturas de superfície muito acima do ponto de fusão dos minerais formadores de rocha — elas chegam a 2.400 Celsius no lado diurno. Por isso, acredita-se que essa região do planeta seja coberta por oceanos de lava.
De acordo com a NASA, é pensado que o Cancri orbita perto de diversas estrelas, travados por maré, com um lado voltado para um grande astro brilhante. Portanto, os lugares mais quentes devem ser aqueles voltados para as estrelas, e o calor do dia não mudará muito com o tempo, causando as "chuvas de lavas".
Os últimos estudos mostram que a região mais quente se desloca da parte que "vê" a estrela, enquanto o calor total detectado durante o dia muda. A instituição científica está buscando explicações mais coesas e diretas sobre o planeta de aspectos ainda misteriosos.
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